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terrorismo

Atentados suicidas matam 41 em mesquita no Paquistão

Mais de 120 pessoas ficaram feridas nas explosões. Número de atentados terroristas no país aumentou após início de ofensiva militar do governo

Três homens-bomba atacaram na quinta-feira uma mesquita sufi em Lahore, no leste do Paquistão, deixando pelo menos 41 mortos e mais de 120 feridos, segundo autoridades. Foi o segundo atentado grave na cidade em um mês.

Centenas de devotos estavam no templo Data Gunj Bakhsh, no centro da cidade. As noites de quinta-feira são um período particularmente movimentado nas mesquitas paquistanesas.

"Cadáveres estão espalhados por todo o pátio da mesquita", disse o fotógrafo da Reuters Mohsin Raza do local. "Há sangue por todo lado. Dois dos mortos eram meus amigos. Foi muito horripilante", relatou ele, com a voz embargada.

Um dos suicidas se explodiu no portão do enorme templo de mármore, e outros dois agiram no subsolo, onde fiéis se lavavam antes de orar.

Sajjad Bhutta, autoridade municipal, disse que havia ao menos 41 mortos e 122 feridos.

Militantes ligados ao Taleban e à Al-Qaeda têm realizado diversos atentados nos últimos meses no Paquistão em represália pela ofensiva militar do governo contra redutos dos insurgentes islâmicos na região da fronteira com o Afeganistão.

A maioria dos ataques acontece no noroeste do país, mas eles vêm ocorrendo com crescente frequência também na província central do Punjab, da qual Lahore é a capital.

As autoridades atribuem esses ataques a militantes oriundos da região e que aderiram ao Taleban no noroeste paquistanês. Em maio, mais de 80 pessoas morreram em um duplo atentado a mesquitas da seita minoritária ahmadi.

O templo atacado na quinta-feira é um dos mais famosos do Paquistão, e atrai centenas de devotos todas as noites, especialmente às quintas-feiras. Há uma delegacia no subsolo.

Farahnaz Ispahani, porta-voz do presidente Asif Ali Zardari, disse que "o repugnante veneno do extremismo será extirpado da nossa nação, e não vamos nos acovardar".

O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani declarou que os atentados mostram que "os terroristas não têm consideração por qualquer religião, fé ou crença".

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