
Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas ontem em uma série de quatro explosões em Dnipropetrovsk, no centro da Ucrânia. O presidente Viktor Yanukovich classificou os ataques de "desafio lançado ao país", que organiza, ao lado da Polônia, a Eurocopa deste ano.
O presidente da Federação Ucraniana de Futebol, Grigori Sourkis, considerou que as explosões de bombas colocadas em latas de lixo tinham como objetivo "comprometer" a Ucrânia tendo em vista a Euro-2012. "Há muitas razões para acreditar que o objetivo é causar o fracasso da Ucrânia na organização do torneio e comprometer nosso país aos olhos da comunidade internacional", declarou.
Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, que mantém relações tensas com Kiev devido à detenção da ex-premiê Yulia Timochenko, condenou as explosões e manifestou a sua solidariedade ao povo ucraniano.
A Uefa, que organiza a Euro-2012, expressou em um comunicado a sua confiança na Ucrânia.
Dnipropetrovsk não será sede de partidas da Eurocopa. A cidade é a terra natal da líder opositora e ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, cuja prisão no ano passado por acusações de abuso de poder e desvio de fundos criou uma crise nas relações da Ucrânia com a União Europeia.
Um legislador opositor, Sergui Pachinsnki, disse que as explosões em Dnipropetrovsk tinham por objetivo desviar a atenção do caso, já que Timoshenko iniciou uma greve de fome e denunciou atos de violência durante uma hospitalização forçada.



