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Os atos em lembrança ao 10º aniversário da morte do histórico dirigente palestino Yasser Arafat foram cancelados na Faixa de Gaza por razões de "segurança", segundo um comunicado oficial.

A homenagem, que estava marcada para terça-feira, foi cancelada pelo Ministério do Interior do Hamas, que ainda exerce neste território as funções de governo apesar do acordo de reconciliação nacional alcançado com o outro grande movimento palestino, o Fatah, no começo do ano.

Em um comunicado, o ministério informou que notificou os integrantes do Fatah de que suas forças não podem garantir a segurança da cerimônia.

"A decisão do Ministério do Interior responde ao temor de uma maior deterioração da segurança e de que as forças de segurança não possam controlar a situação caso o ato se realize e a segurança piore", disse Eyad al-Bozom, porta-voz da pasta.

Segundo o funcionário, temem-se possíveis enfrentamentos entre militantes de ambos os movimentos após as explosões que nos últimos dias tiveram como alvo carros e casas de uma dezena de dirigentes do Fatah em Gaza.

Funcionários do partido presidido pelo líder Mahmoud Abbas responsabilizaram o Hamas pelas explosões, acusação rejeitada no sábado pelo dirigente islamita Moussa Abu Marzuq.

O Comitê Central do Fatah confirmou hoje que tinha cancelado oficialmente o ato, sem precisar as razões.

Os palestinos lembrarão na terça-feira o décimo aniversário da morte de Arafat com uma série de atos por toda a Cisjordânia e realizarão uma cerimônia oficial junto ao seu túmulo, situado em um mausoléu próximo a presidência palestina em Ramala.

O ato em Gaza seria uma prova da solidez do processo de reconciliação nacional após sete anos de ruptura entre Hamas e Fatah, que decidiram há alguns meses formar um governo de unidade e convocar eleições antecipadas.

O governo de transição começou em junho, apesar de na prática Gaza seguir sob o controle efetivo do Hamas.

Arafat morreu em 11 de novembro de 2004 em um hospital militar de Paris, ao qual foi levado após ter permanecido cercado por forças israelenses em Ramala durante três anos.

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