Ele pode ser o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, mas os líderes políticos da Austrália dizem que príncipe William não tem o perfil apropriado para ser o governador-geral de seu país.
Tina Brown, autora de um novo livro sobre a falecida princesa Diana, mãe de William, disse que o jovem príncipe gostaria de ser o próximo governador-geral da Austrália - cargo que seu pai, Charles, cobiçou, mas que lhe foi negado no final dos anos 1980.
Mas o primeiro-ministro John Howard, monarquista declarado que enfrentou com êxito um referendo em 1999 sobre a possibilidade de a Austrália romper seus laços com Londres e se tornar república, na sexta-feira excluiu a possibilidade de o jovem príncipe ser o futuro governador-geral.
"Adotamos há tempos a idéia de que a pessoa que ocupa esse cargo deve ser um cidadão australiano de todas as maneiras", disse o premiê à rádio australiana.
O líder trabalhista e pró-republicano Kevin Rudd concordou, dizendo que há muitos australianos que já contribuíram para a vida da nação e seriam mais apropriados para o cargo.
Rudd disse à rádio Southern Cross: "Existe um lugar ótimo para os membros da família real britânica - a Grã-Bretanha."
O governador-geral atua como chefe de Estado e comandante em chefe das forças de defesa da Austrália, representando o monarca britânico na Constituição.
O príncipe Charles, como herdeiro do trono britânico, manifestou interesse pelo cargo nos anos 1980, mas foi rejeitado pelo então premiê trabalhista Bob Hawke.
Nos primeiros 50 anos da independência da Austrália da Grã-Bretanha, em 1901, o cargo costumava ser entregue a nobres britânicos indicados desde Londres.



