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Chanceler da Áustria, Sebastian Kurz | PETER KNEFFELAFP
Chanceler da Áustria, Sebastian Kurz| Foto: PETER KNEFFELAFP

O governo de extrema-direita da Áustria anunciou nesta sexta-feira (8) que vai fechar sete mesquitas e expulsar pelo menos 40 imãs, sacerdotes muçulmanos que comandam as orações nas mesquitas. Segundo o chanceler Sebastian Kurz, este é “apenas o começo” de uma nova política contra o “doutrinamento” islâmico e financiamento estrangeiro a grupos religiosos extremistas.

Algumas mesquitas são suspeitas de ter ligação com nacionalistas turcos. Conforme lembrou a BBC, em abril, foram divulgadas fotos de crianças em uniformes do exército turco reencenando a Campanha de Galípoli, no que foi uma tentativa fracassada de invasão da Turquia pelos aliados durante a Primeira Guerra Mundial.

Segundo o governo austríaco, 60 dos 260 imãs estão sendo investigados - dos quais 40 pertencem ao grupo de imigrantes islâmicos e muçulmanos na Áustria (ATIB, na sigla em inglês), que é próximo ao governo da Turquia.

“Sociedades paralelas, o islamismo político e tendências de radicalização não têm espaço no nosso país”, disse kurz, que foi empossado como chanceler da Áustria em 2017, após um acordo de coalização entre membros de partidos conservadores e de extrema direita.

O vice-chanceler da Áustria, Heinz-Christian Strache, afirmo que o país permite a liberdade religiosa, mas que é “importante que esse princípio não seja utilizado para doutrinamento político”.

O porta-voz da presidência da Turquia, Ibrahim Kalin, condenou a medida, dizendo que ela é “islamofóbica, racista e discriminatória”. “É uma tentativa de atingir comunidades muçulmanas com o objetivo de marcar pontos políticos baratos”, escreveu Kalin em seu perfil no Twitter.

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