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A jovem Natascha Kampusch, de 18 anos, despediu-se dos restos mortais de Wolfgang Priklopil, o homem que a manteve em cativeiro por oito anos, antes que ele fosse enterrado, sob um falso nome, nesta sexta-feira, em um cemitério ao sul de Viena, informou a polícia austríaca.

- Kampusch foi com seus tutores ao Instituto de Medicina Legal de Viena ontem (quinta-feira). Ela ficou alguns minutos sozinha ao lado do caixão para se despedir - disse Helmut Greiner, um porta-voz da polícia criminal de Viena.

Wolfgang Priklopil se suicidou pulando na frente de um trem depois que Natascha, sua prisioneira por oito anos, fugiu do cativeitro em 23 de agosto. A menina, seqüestrada quando ia para a escola, em 1998, então com 10 anos, foi mantida em uma pequena cela de apenas 6 metros quadrados e sem janelas construído debaixo da garagem da casa do raptor.

- Priklopil foi enterrado esta manhã em um cemitério ao sul de Viena, mas a localização exata vai permanecer em segredo - disse Greiner, acrescentando que na lápide constava um nome falso.

A polícia isolou o cemitério durante o funeral para evitar o assédio da imprensa. Desde a fuga da jovem, há duas semanas, a Áustria acompanha com extremo interesse o desenrolar do caso. O país parou, na última quarta-feira, para assistir a primeira entrevista de Natascha a uma rede de TV. Mostrando-se confiante, ela falou sobre os anos de solidão, sobre a agonia da clausura e afirmou que nunca desistiu de escapar.

"Prometi que ficaria mais velha, mais forte e mais robusta para conseguir me libertar algum dia", disse ela na sua primeira entrevista a uma TV. "Fiz um trato comigo mesma de que a Natascha do futuro voltaria para libertar a menininha de 10 anos", disse à emissora emissora ORF.

Apesar de parecer bem e equilibrada, os médicos acreditam que a jovem de 18 anos enfrentará momentos difíceis, tão logo passe a fase inicial de "euforia" pela liberdade recém-conquistada. Um acompanhamento psicológico pode se fazer necessário por muitos anos.

- Uma coisa maravilhosa acabou de acontecer a ela, é natural tanta euforia, esta descarga de adrenalina - disse Max Friedrich, psiquiatra que acompanha a jovem.

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