Uma autópsia preliminar concluiu que o jovem negro Michael Brown, morto a tiros pela polícia em Ferguson, no estado de Missouri, foi baleado seis vezes, incluindo duas na cabeça. O evento deu início a uma série de protestos violentos, com saques e depredação de lojas, levando o presidente Barack Obama a antecipar as férias e o governador Jay Nixon a convocar a Guarda Nacional nesta segunda-feira para atuar na segurança da cidade.
De acordo com Michael M. Baden, ex-legista-chefe para a cidade de Nova York, que voou para o Missouri no domingo a pedido da família para realizar uma autópsia independente, afirmou que uma das balas entrou no topo do crânio de Brown, sugerindo sua cabeça estava inclinada para a frente quando se feriu e causou um ferimento fatal. Foi provavelmente a última de bala a acertá-lo, segundo o legista.
Ele também foi baleado quatro vezes no braço direito. Todas as balas foram disparadas em sua frente. As balas não parecem ter sido disparadas de muito perto, porque não havia pólvora em seu corpo. No entanto, a análise poderia mudar caso seja verificado se tiver resíduos de pólvora na roupa de Brown, a qual Baden não teve acesso.
O procurador-geral Eric Holder afirmou no domingo que o Departamento de Justiça iria conduzir a sua própria autópsia, além de uma realizado pelas autoridades locais e a de Baden, devido às "circunstâncias extraordinárias envolvidos neste caso e a pedido da família de Brown", segundo um porta-voz do departamento.
Os resultados preliminares da autópsia são a primeira vez que alguma informação sobre a morte de Brown tornou-se pública. Milhares de manifestantes foram às ruas exigindo informação e justiça no caso.
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