
O autor do ataque na Champs-Elysées, em Paris, foi detido em fevereiro por ameaça a policiais, mas logo foi libertado. Identificado como Karim C. pela imprensa francesa e por seu nome de guerra Abu Yusuf al-Beljiki pela agência ligada ao Estado Islâmico (EI), o terrorista também havia sido detido uma vez num confronto a tiros com policiais há 16 anos. As informações foram dadas por funcionários franceses à agência internacional de notícias AP.
Karim Cheurfi era um reincidente em ataques a policiais
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Conhecido das autoridades por sua radicalização, o homem de 39 anos foi morto pelas forças de segurança na quinta-feira (20) depois de matar um policial e ferir outros dois na avenida que é um dos maiores símbolos da capital francesa, semeando medo na véspera das eleições presidenciais no país.
Uma operação estava em curso na madrugada desta sexta-feira (21) no subúrbio de Seine-et-Marne, onde morava o atirador de nacionalidade francesa. A operação em andamento visa estabelecer “se há ou não cúmplices”, revelou o promotor. Um suspeito que estava sendo buscado pelas autoridades se entregou à polícia belga.
Segundo as primeiras investigações, o atirador era o proprietário do carro utilizado no ataque. O atentado foi reivindicado em um comunicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
Estado de emergência
A França vive sob um estado de emergência desde 2015 e sofreu uma série de ataques de militantes islâmicos que mataram mais de 230 pessoas nos últimos dois anos. O porta-voz do Ministério do Interior disse que era muito cedo para dizer qual o motivo do ataque, mas que estava claro que os policiais foram deliberadamente atacados. As autoridades policiais pediram ao público para evitar a área.
O incidente aconteceu enquanto os eleitores franceses se preparam para ir às urnas no domingo (23), na eleição presidencial mais acirrada dos últimos tempos. “Estaremos com vigilância extrema, especialmente em relação à eleição”, disse o presidente Hollande, que não concorre à reeleição.
No início desta semana, foram presos em Marselha dois homens que, segundo a polícia, planejavam um ataque antes da eleição. Uma metralhadora, duas pistolas e três quilos de explosivos TATP estavam entre os armamentos encontrados em um apartamento na cidade do sul do país, juntamente com materiais de propaganda jihadista, de acordo com a promotoria de Paris.



