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Membro do grupo paramilitar Wagner bloqueia a entrada do prédio da Rostelecom, principal operadora de internet da Rússia, na cidade de Rostov.
Membro do grupo paramilitar Wagner bloqueia a entrada do prédio da Rostelecom, principal operadora de internet da Rússia, na cidade de Rostov.| Foto: EFE / ARKADY BUDNITSKY

Os mercenários do Grupo Wagner, que lançou uma rebelião armada contra a liderança militar russa, já estão na região de Lipetsk, 340 quilómetros ao sul de Moscou, informaram as autoridades locais. “O equipamento (de guerra) do Grupo Wagner está avançando no território da região de Lipetsk”, declarou, neste sábado( 24), o governador local, Igor Artamonov, em seu canal no Telegram.

De acordo com o governador, as autoridades locais estão “tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população” e as infraestruturas essenciais da região estão funcionando sem problemas. “Desde a noite passada estamos reunidos com a equipe e os representantes de todas as instituições no posto de comando operacional. Estamos em comunicação com todos os chefes e serviços regionais. Todos estão trabalhando de forma precisa e coordenada”, afirmou Artamonov, que ainda insistiu para que a população “não saia de casa e evite deslocamentos em qualquer meio de transporte”.

Autoridades de Moscou mobilizaram neste sábado policiais armados com metralhadoras na entrada da rodovia M4 Don para a capital, para aguardar a possível chegada de integrantes do Grupo Wagner, segundo a imprensa local. “Há policiais com coletes à prova de bala e metralhadoras nas imediações da rua Lipetskaya, na entrada e na saída da rodovia M4 Don, em Moscou”, noticiou o jornal russo Vedomosti no Telegram, que publicou várias fotos do destacamento. Segundo o jornal, “um helicóptero também foi visto sobrevoado esta área”.

Portais independentes de notícias afirmam ter imagens da movimentação dos mercenários e que um dos contingentes do Wagner teria sido observado perto da cidade de Krasnoye, no noroeste da região de Lipetsk, cerca de 400 quilômetros ao sul de Moscou.

O canal de informação militar no Telegram Rybar informou que os mercenários passaram pelo povoado de Yelets, na região de Lipetsk, por volta das 15h de Moscou (9h em Brasília). De acordo com a imprensa local, são quatro comboios que transportam entre 150 e 400 máquinas de combate. De acordo com o Rybar, os principais postos de controle da polícia russa se situam perto da ponte sobre o rio Oka, a 85 quilômetros ao sul da capital russa.

Prefeito de Moscou decreta feriado na próxima segunda-feira

O prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, descreveu neste sábado a situação nos arredores da capital russa como "difícil" devido à rebelião armada dos mercenários do Grupo Wagner, que se aproximam da cidade, e decretou a próxima segunda-feira como feriado.

"Caros cidadãos, foi declarado um regime de operações antiterroristas em Moscou. A situação é difícil", escreveu em seu canal no Telegram, explicando que, "para minimizar os riscos", decidiu "declarar a segunda-feira como dia não útil, exceto para as autoridades e as empresas de ciclo contínuo, o complexo militar-industrial e os serviços municipais".

Sobyanin pediu aos moscovitas para que não se desloquem pela cidade a não ser em casos absolutamente necessários, uma vez que o trânsito pode ter sido bloqueado em certas estradas. Autoridades russas mobilizaram policiais armados com metralhadoras na entrada da rodovia M4 Don, em direção a Moscou, para deter os mercenários, segundo o jornal "Vedomosti".

O Ministério da Saúde Pública enviou ambulâncias e serviços de emergência para a região, enquanto na imprensa russa circulam fotografias da construção de vários obstáculos na rodovia para impedir a entrada dos mercenários, desde o bloqueio da estrada com caminhões Kamaz a tratores.

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