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Violência no Suriname

Avião da FAB traz 32 brasileiros do Suriname

Aeronave desembarcou em Belém. No total, 37 pessoas já foram trazidas de volta pela Aeronáutica

A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), enviada nesta quarta-feira (30) ao Suriname para resgatar um grupo de brasileiros que pediu ajuda para deixar o país, já pousou no Aeroporto Internacional de Belém, no Pará.

O avião deixou a capital do país, Paramaribo, às 19h05 locais (20h05 em Brasília), e chegou à capital paraense por volta das 21h30 (22h30 horário de Brasília).

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, dos 32 brasileiros que estavam a bordo e foram vítimas do ataque de um grupo de quilombolas, conhecidos como "marrons", no último dia 24, três continuam feridos e estão sendo acompanhados por um médico e duas enfermeiras.

Os feridos deixaram o aeroporto em ambulâncias. Os outros saíram pelo portão de desembarque internacional.

Os brasileiros receberam da embaixada do Brasil no país uma peça de roupa, um par de sapatos e US$ 100 de ajuda de custo. Todos também receberam, segundo o Itamaraty, uma autorização de retorno oferecido pela embaixada do Brasil.

Este foi o segundo voo da FAB a resgatar brasileiros do Suriname após o confronto. No último domingo (27), um avião desembarcou no aeroporto internacional de Belém com apenas cinco brasileiros a bordo.

O ministério divulgou na terça (29) nota em que fala sobre a situação dos brasileiros no país.

No texto, o ministério reitera no texto que não há confirmação oficial de mortos. "Em sua grande maioria, os brasileiros que vivem na região de Albina trabalham em garimpos no interior do Suriname e da Guiana Francesa e costumam passar semanas na floresta, incomunicáveis. Por esse motivo, é necessário aguardar antes de considerar 'desaparecido' qualquer desses cidadãos."

O padre brasileiro José Vergílio, que ajudou no resgate das vítimas em Albina, disse que há pelo menos sete desaparecidos.

Insegurança em Albina

O enviado da TV Globo ao Suriname, Júlio Mosquéra, disse que o clima em Albina, onde ocorreram as agressões, ainda é tenso. A polícia não garante o retorno com segurança dos brasileiros à cidade, que fica a 150 km de Paramaribo. "Conversei com o chefe de policia da cidade, ele disse que ainda não tem condições de dar segurança para que os brasileiros retornem ao dia a dia da cidade", relata o repórter.

"Os marrons, que são os surinameses nativos da região, dizem abertamente que este conflito com os brasileiros pode ainda trazer mais problemas se eles retornarem para onde trabalhavam antigamente. O que se espera agora é que a situação se apazigúe e só depois disso os brasileiros tenham condições de retornar", diz. Cerca de 150 brasileiros deixaram a cidade e foram para Paramaribo.

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