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Aeronave movida à energia solar vai realizar voo de 24 horas utilizar energia coletada pela manhã para operar ao anoitecer | Reuters
Aeronave movida à energia solar vai realizar voo de 24 horas utilizar energia coletada pela manhã para operar ao anoitecer| Foto: Reuters
  • Andre Borschberg dentro da cabine da aeronave que faz parte do projeto Solar Impulse
  • Projeto Solar Impulse custou certa de 94 milhões de dólares

Um avião movido a energia solar e projetado para voar por 24 horas sem combustível de aviação tradicional e sem emissões poluentes decolou na quarta-feira para seu primeiro e crucial voo noturno.

Chamado Solar Impulse, o avião decolou para seu primeiro voo experimental de 24 horas, partindo ao amanhecer de uma base aérea nos arredores de Payerne, na Suíça, e começou a subir para uma altitude máxima de 8.500 metros.

"Está indo bem. Este é um momento incrível", disse Bertrand Piccard, um dos dois criadores do projeto. O próprio Piccard fez o primeiro voo em volta ao mundo sem escalas em um balão de ar quente, 11 anos atrás.

O avião está sendo pilotado pelo engenheiro e ex-piloto da força Aérea suíça Andre Borschberg, co-fundador do projeto Solar Impulse ao lado de Piccard, que vem de uma família de exploradores e aventureiros.

Borschberg vai fazer o avião de fibra de carbono descer para 1.500 metros de altitude antes do anoitecer, para planar com a energia solar armazenada e aterrissar em Payerne pela manhã. Ele disse a jornalistas por rádio que a aeronave está funcionando perfeitamente.

O Solar Impulse, que tem 12 mil células solares embutidas em suas asas de 64,3 metros, é um protótipo de avião que, esperam seus criadores, fará sua primeira circunavegação da Terra em 2012.

Com envergadura de asas igual à de um Airbus A340 e pesando 1.600 quilos, apenas o equivalente a um carro médio, o avião possui quatro motores elétricos e foi projetado para poupar energia de suas células solares em baterias de alta performance.

Tendo levado seis anos para ser desenvolvido, o avião já fez dois voos experimentais curtos mas bem-sucedidos, o último deles sobre Payerne em abril, quando passou 87 minutos no ar e alcançou 1.200 metros de altitude.

"O propósito desta missão é demonstrar o potencial da energia renovável e das tecnologias limpas", diz Piccard, cujo pai, Jacques, foi pioneiro da exploração submarina em um batiscafo.

Claude Nicollier, astronauta que já fez quatro voos espaciais e dirige o programa de voos experimentais da aeronave, disse que o projeto revolucionário o instiga tanto quanto os voos espaciais dos quais já participou.

A expectativa é que o Solar Impulse acabe chegando à velocidade de voo média de 70 quilômetros por hora e altitude máxima de 8.500 metros.

O orçamento do projeto é 100 milhões de francos suíços (94 milhões de dólares), dos quais 80 milhões de francos foram obtidos de patrocinadores.

Os três patrocinadores principais são a empresa química belga Solvay, a fabricante de relógios suíça Omega, parte do grupo Swatch, e o banco alemão Deutsche Bank.

A Ecole Polytechnique Federale de Lausanne, importante universidade de pesquisas suíça, presta assessoria científica e tecnológica ao projeto.

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