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Balão espião chinês fazia parte do amplo programa de vigilância aérea do Exército Popular de Libertação
O Pentágono anunciou na quinta-feira que acompanhava os movimentos de um “balão espião” chinês sobre o estado americano de Montana| Foto: EFE

Um suposto balão espião chinês que o exército americano abateu na costa da Carolina do Sul na semana passada fazia parte de um programa de vigilância maior executado pelo Exército de Libertação Popular, de acordo com um novo relatório.

O programa coletou informações sobre ativos militares em vários países, incluindo Japão, Índia, Vietnã, Taiwan e Filipinas, segundo relato de oficiais americanos ao Washington Post.

Um funcionário chamou o esquema de “esforço maciço” da China usando uma “tecnologia inacreditavelmente antiga”, que se juntou a “comunicações modernas e capacidades de observação”, em um esforço para reunir informações sobre as forças armadas de outros países.

O programa realizou dezenas de missões desde 2018, segundo o relatório.

Os balões, que voam entre 60.000 e 80.000 pés ou mais, complementam os esforços de vigilância de longo alcance da China, que normalmente são conduzidos por satélites militares.

Os balões geralmente são equipados com sensores eletro-ópticos ou câmeras digitais que por vezes podem capturar imagens altamente precisas, de acordo com o relatório. Eles também carregam recursos de transmissão de sinal de rádio e satélite.

Embora os balões não usem a tecnologia mais avançada, eles podem pairar sobre um único alvo por horas, proporcionando uma vantagem sobre os satélites que podem ter apenas alguns minutos para tirar uma foto enquanto orbitam.

A vice-secretária de Estado americana, Wendy Sherman, informou 150 funcionários de cerca de 40 embaixadas sobre o programa com uso de balão na última segunda-feira (6), segundo o relatório. Os oficiais americanos começaram a informar militares em países que também foram alvos do esquema de vigilância, incluindo o Japão.

Quatro balões foram vistos acima do Havaí, Flórida, Texas e Guam nos últimos anos, de acordo com o relatório. Enquanto vários ex-funcionários de alto escalão do ex-presidente americano Donald Trump rejeitaram a recente alegação do governo Joe Biden de que pelo menos três balões espiões chineses sobrevoaram os Estados Unidos durante o governo anterior, as autoridades disseram desde então que os balões só recentemente foram identificados como dirigíveis de vigilância chineses.

A Marinha está trabalhando para limpar os destroços do último balão, um objeto aéreo de 61 metros que foi visto pairando sobre instalações militares sensíveis em Montana na semana passada. Um dispositivo aproximadamente do tamanho de um jato regional foi afixado ao balão, de acordo com o Chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, general Glen VanHerck.

O Pentágono tomou conhecimento do balão em 28 de janeiro, quando ele entrou no espaço aéreo dos Estados Unidos no Alasca. O governo Biden manteve a descoberta em segredo para não prejudicar a viagem planejada do secretário de Estado, Antony Blinken, a Pequim, informou a Bloomberg. Blinken suspendeu a viagem na última sexta-feira (3), poucas horas antes de partir.

Blinken e o presidente Biden decidiram que era melhor adiar a viagem devido ao desenrolar da situação com o balão, disseram autoridades à Associated Press.

Enquanto vários legisladores republicanos pediram aos Estados Unidos que derrubassem o balão no início desta semana, incluindo os deputados Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, e Ryan Zinke, de Montana, os militares esperaram para derrubar o balão até que ele estivesse sobre as águas da costa da Carolina do Sul, devido a preocupações do Pentágono de que a ação poderia causar baixas civis se realizada em outro ponto na rota de voo do balão.

©2023 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.

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