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Atiradores palestinos dispararam nesta terça-feira (12) contra a casa do primeiro-ministro Ismael Haniyeh, contra o gabinete do presidente Mahmoud Abbas e também contra a casa do líder do Fatah, Jamal Abu al-Jedian. Ninguém ficou ferido.

A presidência palestina acusou ainda o Hamas de tentar dar um golpe.

O acirramento dos conflitos envolvendo as duas facções rivais dos líderes, o Hamas e a Fatah, já matou ao menos 20 pessoas e aproximou a região ainda mais de uma guerra civil.

Os ataques seguem-se aos confrontos de segunda-feira (11), quando ao menos 14 pessoas foram mortas. O derramamento de sangue inclui um tiroteio dentro de um hospital e o assassinato de um comandante da Fatah que foi tirado da cama em casa e executado.

As batalhas refletem a luta pelo poder entre os militantes islâmicos do Hamas e os nacionalistas do Fatah, parceiros em um governo de unidade formado três meses atrás.

"O governo continua, mas não governa. Estará lá, mas é incapaz de fazer o seu trabalho. A situação ficará completamente paralisada", disse o analista palestino Ali al-Jarbawi.

Contra a casa do líder do Fatah, foi lançado granada antitanque, segundo testemunhas.

O explosivo, do tipo RPG, atingiu a casa e causou danos materiaisO ataque, supostamente cometido por milicianos leais ao movimento rival Fatah, é o último de uma espiral de violência nas últimas 48 horas em toda a Faixa de Gaza. Desde ontem, morreram 17 palestinos e cerca de 50 ficaram feridos.

A Delegação de Segurança egípcia em Gaza convocou para esta terça-feira uma reunião urgente com representantes do Hamas e Fatah para tentar impor o cessar-fogo estipulado ontem.

Acusação

A presidência palestina acusou nesta terça-feira (12) os líderes do movimento islamita Hamas, no governo, de planejar um golpe e estimular uma guerra civil nos territórios palestinos após a morte de 17 pessoas desde segunda-feira nos combates com o Fatah na Faixa de Gaza.

"Todas as informações e todos os fatos indicam que existe uma corrente, da qual fazem parte dirigentes políticos e militares do Hamas, que planeja um golpe contra a legitimidade palestina, acreditando poder controlar a Faixa de Gaza pela força", declarou um porta-voz da presidência palestina de Mahmud Abbas, líder do Fatah.

A mesma fonte acusou vários líderes do Hamas de "empurrar a pátria para o tormento de uma guerra cívil horrível".

Vítima

A última vítima, o militante do Hamas Omar Nabhane Rantissi, foi assassinada por homens armados na madrugada de terça-feira em Khan Yunes.

Ele era sobrinho de Abdelaziz Rantissi, líder do Hamas assassinado por Israel em 2004.

Durante a noite, mais de 40 obuses de morteiro foram disparados contra o quartel-general da Segurança Preventiva, organismo policial vinculado ao Fatah.

Mais de dez residências de dirigentes do Fatah ou Hamas foram incendiadas por militantes rivais.

Ativistas do Hamas também seqüestraram dois técnicos da televisão palestina em uma estação de transmissão em Gaza antes de dinamitar o edifício.

Hamas e Fatah integram um governo de união nacional cuja formação, em março, acabou com um ano de violência partidária que deixou mais de 100 mortos na Faixa de Gaza.

Os enfrentamentos retornaram em maio, motivados sobretudo pela anarquia existente no sistema de segurança nos territórios palestinos, em particular na Faixa de Gaza.

Os combates haviam diminuído após um cessar-fogo estabelecido em 19 de maio, antes da retomada na quinta-feira passada.

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