O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu neste sábado (19) que o Governo de Mianmar (antiga Birmânia) aplique as reformas para alcançar a plena democracia antes de 2014, quando o país ocupará a presidência rotativa da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Ban reconheceu "os recentes progressos" em Mianmar e que o país "realizando medidas corretivas rumo à democracia", durante uma entrevista coletiva na ilha indonésia de Bali, onde acontece a cúpula da Ásia Oriental.
Mianmar "foi um foco de preocupação para nós, trabalhamos duro para ajudá-los em seu caminho", disse o diplomata sul-coreano.
O secretário-geral da ONU antecipou que planeja visitar esse país asiático "o mais rápido possível".
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também presente em Bali, deve viajar para Mianmar no início de dezembro.
A Asean aprovou na quinta-feira passada em Bali, em sua cúpula anual, que Mianmar presida o grupo em 2014 em reconhecimento aos avanços demonstrados depois que um Governo civil substituiu a Junta Militar no último mês de março.
Perguntado pelos jornalistas, Ban também falou brevemente do litígio territorial entre vários países da região no mar da China Meridional e considerou que o conflito "deve ser resolvido pacificamente entre as partes", sem especificar se descarta a arbitragem da ONU.
Brunei, China, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã reivindicam a soberania parcial ou total das ilhas Spratly, ricas em gás e petróleo, enquanto Pequim e Hanói brigam pelas ilhas Paracel.
Nesta décima cúpula da Ásia Oriental participam Austrália, China, Coreia do Sul, Índia, Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos e Rússia, mais os dez países da Asean.
A Asean reúne Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.



