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O presidente venezuelano Hugo Chávez proibiu a venda de bebidas no país nos dias que antecedem o domingo de Páscoa, a fim de diminuir a violência no trânsito, mas os venezuelanos conseguem dar um jeito de burlar a regra.

Apesar da proibição de vender bebidas depois das 17h, comprar bebida alcoólica em bares de Caracas é tão fácil quanto antes da lei. A única diferença é que os garçons têm um cuidado extra.

As garrafas de vinho e uísque não ficam mais expostas nas mesas, e alguns restaurantes chegam a servir a bebida em xícaras de café. É muito comum os clientes pedirem um refrigerante "turbinado", com alguma bebida alcoólica.

"É uma lei realmente ridícula", disse o venezuelano Jorge Dominguez, 36, que saía de uma loja de bebidas em Caracas às 16h55 com duas sacolas cheias de cerveja. Ele disse que defendeu as medidas contra motoristas que dirigem bêbados, mas que não concorda com a lei seca. Dois policiais estavam de prontidão para garantir o fechamento da loja cinco minutos depois que ele saiu.

A lei seca é normalmente aplicada na Venezuela em períodos eleitorais, mas nunca em feriados em que a população se organiza para ir às praias e atacar os bares.

Os venezuelanos são conhecidos como grandes bebedores de bebidas destiladas. Eles foram o 7º maior importador de uísque escocês do mundo no ano passado. Chávez já chegou a discursar atacando o hábito de beber uísque como sendo influência dos Estados Unidos. Há uma lei que proíbe a população de beber na rua, mas é comum ver pessoas fazendo isso de forma disfarçada.

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