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Aeroporto isolado na noite de terça-feira (12) | Michel Van Bergen/AFP
Aeroporto isolado na noite de terça-feira (12)| Foto: Michel Van Bergen/AFP

Um polonês bêbado e sem-teto foi quem causou o fechamento do aeroporto Amsterdã-Schiphol na terça-feira (12). Na hora do tumulto, ele afirmou que era um terrorista. O homem foi acusado nesta quinta de falsa ameaça de bomba.

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Apesar de liberado pela promotoria, o homem de 25 anos terá de comparecer ante um tribunal de Haarlem, sul de Amsterdã, no próximo dia 21 de junho. O acusado carregava duas bolsas e as abandonou do lado de fora do aeroporto. A equipe especializada em desarmar bombas acabou não localizando explosivos.

“Quando as forças de segurança perguntaram se tinha uma bomba, primeiro ele disse que sim e depois desmentiu. Por isso foi preso”, afirmou a promotoria.

Dezenas de agentes fortemente armados evacuaram na quarta-feira centenas de pessoas depois de terem sido informados de uma “situação suspeita”, exatamente três semanas depois dos atentados de Bruxelas que deixaram 32 mortos no aeroporto de Zaventem e no metrô.

Com muitas conexões internacionais, Schiphol, localizado a 16 quilômetros da capital holandesa Amsterdã, é um dos centros aéreos mais importantes da Europa e por ali transitam 50 milhões de passageiros todos os anos. Schiphol é o quarto maior aeroporto da Europa, com conexões aéreas com 319 destinos do mundo.

Tensão

A tensão é muito grande na Europa desde os atentados de 22 de março na capital belga, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), assim como os de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.

Por precaução, o governo holandês aumentou as medidas de segurança em estações de trem e aeroportos, além de reforçar os controles na fronteira com a Bélgica.

A Holanda teme ser um alvo dos extremistas por sua proximidade com França e Bélgica, assim como por seu papel na campanha da coalizão internacional contra o EI no Iraque e Síria.

Recentemente, os caças holandeses ampliaram a missão do país na campanha da coalizão liderada pelos Estados Unidos, com bombardeios contra os extremistas na Síria desde fevereiro.

O serviço de inteligência calcula que mais de 200 holandeses, incluindo 50 mulheres, se uniram ao EI no Iraque e Síria.

A polícia holandesa anunciou no início de abril a descoberta de 45 quilos de munições em uma casa de Roterdã (oeste), onde um francês de 32 anos, Anis Bahri, suspeito de preparar um atentado, foi detido no fim de março a pedido de Paris.

Em outro sinal inquietante para o país, um dos homens-bomba de Bruxelas, Ibrahim El-Bakraoui, foi expulso no ano passado da Turquia para a Holanda, de onde atravessou a fronteira para a Bélgica.

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