O comitê de crises da Bélgica anunciou neste domingo (22) que mantém a capital, Bruxelas, sob alerta nível quatro de terrorismo, o maior da escala e que indica risco de um ataque “sério e iminente”. Segundo divulgou pelo Twitter, uma nova avaliação de segurança será feita por forças da inteligência, da polícia e do judiciário mais tarde neste domingo.
O governo da Bélgica elevou neste sábado (21) ao máximo o nível de alerta em Bruxelas.
O metrô foi fechado, assim como os centros comerciais. Shows e partidas de futebol foram canceladas. A população foi alertada a evitar lugares com grande concentração de pessoas, como estações de trem, aeroportos e distritos comerciais.
O premiê belga, Charles Michel, explicou no sábado que a decisão foi tomada com base em informação precisa sobre o risco de um ataque similar aos do dia 13 de novembro em Paris, na França. Segundo Michel, há informação sobre um ataque coordenado, que incluiria explosivos e que poderia ter como alvo transporte público, ruas e centros comerciais, assim como eventos com grande número de pessoas.
Segundo o comitê de crise, o resto do país segue sob alerta nível três, que indica uma ameaça possível e provável.
Suspeitos
A Bélgica está no centro das investigações dos ataques de Paris. Três suspeitos foram detidos no país e acusados formalmente de terrorismo pela justiça em conexão com os ataques que deixaram 130 mortos.
Neste sábado (21), a Procuradoria da Bélgica afirmou que várias armas foram encontradas em uma busca na casa de um desses três suspeitos. Em comunicado, ela afirmou que não foram encontrados explosivos ou coletes bomba, mas não deu mais detalhes.
Bruxelas foi ainda a cidade de moradia do suspeito de organizar os ataques, Abdelhamid Abaaoud, e de um dos supostos envolvidos, Salah Abdeslam, ainda foragido e que, segundo informações passadas por suspeitos detidos, teria voltado ao país da França após os ataques.
Alguns jornais belgas especulam que o alerta elevado é relacionado à busca por ele.
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