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Papa comemora 80 anos com cardeais e concerto

Crianças fizeram festa com balões em frente à casa do Papa na Alemanha.

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Vaticano divulga agenda do Papa no Brasil

Papamóvel será utilizado em desfiles junto aos fiéis em celebrações. Papa fará discurso logo na chegada ao país, quando será recebido por Lula.

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O Pontificado de Bento XVI completou hoje seu segundo ano, comemorado de maneira discreta pelo Papa, que prepara a viagem que fará a Pavia (Itália) neste fim de semana, onde visitará o túmulo de Santo Agostinho, uma das grandes fontes de inspiração do pensamento católico.

Bento XVI oficiou, no dia 15, na Praça de São Pedro, uma missa solene, na qual comemorou seus 80 anos, que seriam completados no dia seguinte, e o segundo aniversário de sua chegada ao Sólio Pontifício. Hoje, o único "sinal" do dia especial é que é uma ocasião festiva no Vaticano.

O Pontífice passa o dia no Palácio Apostólico, discretamente, e não realizou audiências.

Em festa, o Vaticano informou que o Papa nomeou Oscar Julio Vian Morales bispo de Los Altos Quetzaltenango-Totonicapán, na Guatemala.

Na sexta-feira, Bento XVI retomará as audiências, e receberá o presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa. No sábado, o Pontífice viajará para a cidade italiana de Vigevano (norte), a única diocese da região da Lombardia à qual João Paulo II não visitou durante seu Pontificado.

Ainda no sábado, o Papa irá para Pavia, onde ficará no domingo e visitará a tumba de Santo Agostinho (354-430), santo nascido na Argélia e bispo de Hipona, que foi chamado de "doutor da Igreja" em 1295, durante o Pontificado de Bonifacio XIII.

Bento XVI é um grande estudioso de Santo Agostinho, e um dos principais seguidores de seu pensamento teológico, sobre o qual escreveu uma tese de doutorado, em 1953.

Após a visita, o Papa irá para o Brasil, onde ficará de 9 a 14 de maio e inaugurará no santuário de Aparecida, em São Paulo, a V Conferência Episcopal da América Latina e Caribe (Celam).

No evento, o Pontífice respaldará uma Igreja que observa o avanço de uma sociedade cada vez mais secularizada, o crescimento das seitas e a redução do número de católicos.

Todos os olhares estarão voltados para os discursos que o Papa fará no país onde floresceu a Teologia da Libertação, no continente em que vive metade dos 1,3 bilhão de católicos do mundo, e que tem graves problemas econômicos e sociais.

"Bento XVI se encontrará em um continente onde há muita pobreza e injustiça", disse recentemente à imprensa o cardeal de Santiago do Chile, Francisco Javier Errázuriz.

Ao longo do dia, chegaram ao Vaticano felicitações do mundo todo pelo segundo aniversário de um Pontificado que se guia pelo diálogo entre fé e razão; pelo ecumenismo; por manter o trabalho delineado no Concílio Vaticano II e pela defesa à vida, à família e à liberdade de educação.

O Papa também estabeleceu como um dos objetivos de seu Pontificado a recuperação da identidade cristã e a colocação de Cristo no centro da vida dos homens.

Além das viagens para Pavia e Brasil, Bento XVI também irá para Assis (Itália), em junho, e para a Áustria, em setembro.

Espera-se ainda a anunciada carta aos católicos chineses, perseguidos pelo regime comunista de Pequim, além de mais mudanças na Cúria, cuja renovação, segundo os observadores do Vaticano, está acontecendo mais lentamente do que o esperado.

Não se descarta que seja convocado este ano um novo consistório - o segundo de seu Pontificado - para a nomeação de novos cardeais, visto que o número de contemplados com direito a escolher o Papa em um Conclave (com menos de 80 anos) diminuiu e, no final de 2007, restarão 18 postos vagos.

Além disso, espera-se para datas futuras um documento "motu proprio" para que seja restaurada a missa em latim, a chamada tridentina, restringida pelo Concílio Vaticano II, que pode abrir as portas para o retorno, ao seio da Igreja Católica, dos cismáticos seguidores do arcebispo ultraconservador Marcel Lefebvre.

Certos setores da Cúria expressaram seu temor e oposição a esta "retomada" do latim, por temerem um retrocesso em relação ao que foi estabelecido no Concílio Vaticano II.

Em 2005, Bento XVI foi eleito Papa, na quarta votação do primeiro Conclave do terceiro milênio, que começou no dia 18 de abril, após a morte de João Paulo II.

No dia seguinte começou a sair a fumaça branca pela chaminé da Capela Sistina, lugar do Conclave, sinalizando que os 115 cardeais reunidos haviam escolhido um novo Pontífice.

Poucos minutos depois, o cardeal protodiácono, o chileno Jorge Arturo Medina Estévez, anunciou ao povo a eleição, o escolhido e o nome adotado pelo novo Pontífice.

O Papa apareceu então perante os fiéis como "um humilde trabalhador da vinha do Senhor" e disse que adotou o nome Benedicto em honra do Papa Bento XV, "um corajoso profeta da paz".

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