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Em sua primeira viagem após o escândalo de abusos sexuais envolvendo padres católicos nos Estados Unidos e na Europa, o papa Bento XVI se reuniu em Malta, neste domingo, com vítimas de abuso por padres locais, e prometeu que a igreja implementará "medidas efetivas" para proteger os jovens no futuro.

Segundo o Vaticano e uma das vítimas, Bento XVI estava com os olhos marejados, expressou "vergonha e tristeza" pelo sofrimento desses homens e de suas famílias e rezou com eles durante o encontro, ocorrido na embaixada do Vaticano em Malta. Este foi também o primeiro encontro do papa com vítimas de abuso sexual desde o surgimento das primeiras denúncias, no começo do ano.

"Todos estavam chorando", disse Joseph Margo, 38, uma das vítimas que participaram do encontro.

"Ele rezou com eles e garantiu que a igreja está fazendo, e continuará a fazer, o que for possível para investigar as denúncias e levar à justiça os responsáveis por abusos, e para implementar medidas efetivas para proteger os jovens no futuro", disse o Vaticano em comunicado.

Grupos que defendem vítimas desses abusos exigem que o Vaticano adote medidas concretas para proteger crianças e para afastar padres que tenham cometido abusos. Esses grupos alegam que as manifestações de solidariedade e vergonha por parte de Bento XVI não têm significado se medidas não forem tomadas.

Bento XVI tem sido acusado por grupos de vítimas e seus advogados de ter ajudado, antes de se tornar papa, a acobertar casos de pedofilia envolvendo padres católicos.

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