O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, reconheceu neste domingo (17) que não há "nenhuma garantia" que saia algum acordo da reunião entre seus colegas da Rússia e da Ucrânia, que acontece hoje em Berlim.
Steinmeier disse aos jornalistas que pretendem buscar "uma solução duradoura", antes que começasse a conferência sobre a Ucrânia convocada pelo governo da Alemanha, na qual participam os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, da Ucrânia, Pavlo Klimkin, e da França, Laurent Fabius.
Além de tentar resolver os obstáculos que ainda impedem que o comboio de ajuda humanitária russo entre no leste da Ucrânia, a reunião deve servir para avançar na busca de uma "solução duradoura" e evitar, "em todo caso, o confronto direto de forças ucranianas e russas", declarou o ministro alemão.
Steinmeier, que falou sozinho perante a imprensa, destacou que a situação continua sendo "difícil" e que o "verdadeiro drama" da atual crise é que "todos os acordos anteriores" entre as partes para atalhar o conflito "não foram cumpridos".
O chefe da diplomacia alemã acrescentou que a situação poderia piorar no leste da Ucrânia após assegurar que ainda se está "longe de um cessar-fogo".
Além disso, o ministro se mostrou convencido que "seria bom" que o comboio russo com 262 caminhões de ajuda humanitária pudesse atravessar a fronteira com a Ucrânia e que iniciativas similares "de outros países" pudessem também chegar à região para atender à população civil.
Após vários dias de "duras negociações" ainda não se chegou a um acordo entre Kiev e Moscou para que os veículos russos com ajuda humanitária entrem em território ucraniano.
Steinmeier reconheceu, no entanto, que as partes estão "dispostas ao diálogo" e indicou que neste contexto seria "irresponsável" não aproveitar a situação para negociar.
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