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Há 25 anos, o muro de Berlim começou a ser derrubado | Tobias Schwarz / Reuters
Há 25 anos, o muro de Berlim começou a ser derrubado| Foto: Tobias Schwarz / Reuters

A capital da Alemanha lembrou nesta quarta-feira (13) o aniversário de 53 anos do início da construção do Muro de Berlim, que dividiu a cidade em duas durante mais de 28 anos.

No dia 13 de agosto de 1961 começavam, por ordem do presidente da República Democrática Alemã (RDA), Walter Ulbricht, as obras do batizado como "Muro de Proteção Antifascista", que separaria a Berlim comunista das áreas controladas pela República Federal da Alemanha, aliada das potências ocidentais.

"Ninguém tem a intenção de levantar um muro", tinha afirmado o chefe de Estado da RDA em junho de 1961, poucas semanas antes que os trabalhadores começassem a colocar os primeiros alambrados e cavar fundações sob o atento olhar dos soldados do país comunista.

Durante as quase três décadas de sua existência, o muro, que se prolongou 43 quilômetros pela cidade e um total de 165,7 quilômetros por toda Alemanha, custou a vida de pelo menos 138 pessoas que tentaram atravessá-lo para escapar para a região ocidental. A primeira vítima da também conhecida como "faixa da morte" foi Ida Siekmann, que morreu em 22 de agosto de 1961 ao saltar do muro, enquanto o último foi o garçom de 20 anos, Chris Gueffroy, morto em 6 de fevereiro de 1989, quando tentava fugir da RDA e foi fuzilado.

Em 9 de novembro desse mesmo ano os berlinenses começaram a atravessar o muro em massa e a derrubá-lo com as ferramentas que tinham à mão depois que o membro do Politburo da RDA, Günter Schabowski, leu perante a imprensa o comunicado que declarava abertas as fronteiras, o princípio do fim do bloco comunista.

Nesta quarta, o prefeito da cidade, o social-democrata Klaus Wowereit, colocou um ramo de flores no monumento em lembrança às vítimas do muro em um ato no qual os representantes políticos berlinenses lembraram a importância de defender a liberdade e a democracia.

Wowereit expressou através de um comunicado que o dever de lembrar o muro e suas vítimas continua sendo uma tarefa para os alemães e que não devem cair no esquecimento.

Segundo uma pesquisa, cujos resultados foram publicados na semana passada, aproximadamente metade dos alemães não lembra a data exata da construção do Muro de Berlim.

De acordo com a pesquisa realizada pelo instituto Infratest, apenas metade dos consultados souberam dar a resposta correta à pergunta de com que relacionavam essa data de agosto.

As respostas errôneas mencionaram fatos como a crise dos mísseis de Cuba, em 1962, a renúncia do primeiro chanceler da República Federal da Alemanha, Konrad Adenauer, em 1963, e a viagem espacial do cosmonauta russo Yuri Gagarin, em 1961.

Pouco menos de 50% dos consultados soube relacioná-la com a manhã em que a cidade despertou atravessada por quilômetros de fundações e alambrados.

Entre os menores de 30 anos, apenas 32% deu a resposta correta à consulta, realizada por encomenda da Fundação para o Estudo da Ditadura da RDA.

Na consciência alemã, a data do início das construções se encontra obscurecida pela da queda do muro, ocorrida em 9 de novembro de 1989 e que este ano completa o 25.º aniversário.

Apesar do tempo transcorrido, a chanceler alemã, Angela Merkel, previu, em entrevista divulgada nesta quarta (13) pelo jornal regional Sächsische Zeitung, que o nível das aposentadorias do leste do país - antigo território comunista - não será equiparado com o do oeste antes de 2020.

A chanceler anunciou que em 2017, perto do fim da atual legislatura, será aprovado por lei um calendário destinado a conseguir essa equiparação plena entre as aposentadorias do leste e do oeste.

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