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Reparação

Betancourt pede indenização de US$ 6,8 milhões

Ex-refém das Farc processa o Estado colombiano por perdas durante os seis anos em que passou em poder da guerrilha

A ex-refém das Farc Ingrid Betancourt quer indenização milionária | Mauricio Duenas/AFP
A ex-refém das Farc Ingrid Betancourt quer indenização milionária (Foto: Mauricio Duenas/AFP)

A ex-refém da guerrilha das For­­ças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Ingrid Betan­­court, quer uma indenização do Estado colombiano pelas perdas econômicas e pelos danos morais sofridos durante seus seis anos de cativeiro, um processo que po­­derá alcançar o valor de US$ 6,8 milhões.

Segundo o ministério da De­­fesa da Colômbia, Ingrid e seus fa­­miliares apresentaram em 30 de junho duas solicitações de con­­ciliação extrajudicial, nas quais pedem uma compensação monetária de US$ 13 bilhões de pesos (cerca de US$ 6,8 milhões).

As solicitações foram recebidas ontem pela Procuradoria de Bogotá, que deve iniciar um processo de conciliação entre Ingrid Betancourt, sua irmã, Astrid, sua mãe, Yolanda Pulecio, e seus fi­­lhos, Melanie e Lorenzo Delloye, de um lado; e o governo da Co­­lômbia. Se não for possível chegar a um acordo nesta instância, Betancourt e seus familiares po­­derão entrar com um processo administrativo no Conselho de Estado.

Esta é a primeira vez que a Procuradoria colombiana recebe uma demanda deste tipo. Até agora, só os familiares de um grupo de deputados estaduais, que morreram em 2007 enquanto eram mantidos reféns pelas Farc, processaram o Estado co­­lom­­biano. Neste caso, o pedido de reparação foi para exigir uma investigação em profundidade sobre as circunstâncias da morte dos representantes, segundo a associação País Livre, que estuda o sequestro na Colômbia.

O vice-presidente colombiano, Francisco Santos, afirmou que o pedido de Betancourt re­­pre­­senta um "precedente funesto e uma punhalada na força pú­­blica". Ele expressou sua "convicção de que não existe nenhum elemento objetivo que permita deduzir a responsabilidade do Es­­tado no sequestro de Betan­­court", e ressaltou que a ex-re­­fém havia "desconsiderado" as recomendações que a força pú­­blica fez, na ocasião, para que evitasse a viagem na qual foi capturada pelos guerrilheiros.

Ainda se desconhecem os ar­­gumentos exatos nos quais Be­­tan­­court e seus familiares ba­­seiam sua demanda.

A ex-refém era candidata à Presidência da Colômbia e estava em campanha eleitoral quando foi seqüestrada.

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