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O presidente da França, Emmanuel Macron, em cerimônia no Palácio Eliseu, Paris, 20 de setembro
O presidente da França, Emmanuel Macron, em cerimônia no Palácio Eliseu, Paris, 20 de setembro| Foto: EFE/EPA/STEFANO RELLANDINI

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da França, Emmanuel Macron, conversaram por telefone nesta quarta-feira (22) pela primeira vez desde que os EUA e o Reino Unido fecharam um acordo de defesa com a Austrália que desagradou o governo francês, que descreveu a ação como uma "facada nas costas".

Os dois líderes concordaram que o embaixador francês retornará a Washington na semana que vem. O diplomata havia sido convocado pela França depois do anúncio do acordo de defesa do Indo-Pacífico, que resultou no cancelamento de um contrato bilionário para a venda de submarinos franceses para a Austrália, que agora comprará submarinos movidos a energia nuclear dos EUA.

Macron e Biden decidiram "manter aberto o processo de consultas em profundidade com objetivo de criar as condições para garantir a confiança e propor medidas concretas para objetivos em comum", informou comunicado em conjunto entre a Casa Branca e o Palácio Eliseu.

Os dois presidentes concordaram que "a situação teria se beneficiado de consultas abertas entre aliados em questões de interesse estratégico para a França e nossos parceiros europeus", disse a nota, acrescentando que Biden expressou o seu comprometimento em relação a isso.

Biden reafirmou ainda a importância estratégica do compromisso francês e europeu na região do Indo-Pacífico.

Boris Johnson pede calma

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recomendou nesta quarta-feira que a França fique tranquila e controle a sua raiva diante da recente aliança de defesa entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, após o governo australiano cancelar um contrato multimilionário de submarinos franceses.

Ao falar com repórteres em frente ao Capitólio em Washington, onde está em visita oficial, Johnson enviou uma mensagem à França sobre as críticas aos três países que assinaram o acordo.

"Penso que está na hora de os nossos queridos amigos de todo o mundo se acalmarem com tudo isto e me darem uma pausa", brincou Johnson, usando expressões em francês no meio da frase.

O primeiro-ministro britânico também observou que "o pacto é fundamentalmente um grande passo em frente para a segurança global".

"São três aliados muito semelhantes que se mantêm lado a lado e criam uma nova parceria de compartilhamento de tecnologia", acrescentou.

A França tinha um contrato para entregar 12 submarinos convencionais à Austrália no valor de 56 bilhões de euros, que foi cancelado por Camberra como parte da aliança que lhe garante submarinos nucleares com tecnologia americana.

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