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Estados Unidos avaliam que decisão da Opep+, liderada por Mohammed bin Salman, vai ajudar agressão russa à Ucrânia
Estados Unidos avaliam que decisão da Opep+, liderada por Mohammed bin Salman, vai ajudar agressão russa à Ucrânia| Foto: EFE/Marina Guillén

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende rever sua relação com a Arábia Saudita devido ao acordo de Riad com a Rússia para reduzir a oferta de petróleo, indo contra os interesses de Washington, segundo informou o Departamento de Estado americano nesta terça-feira (11).

“O presidente revisará nosso relacionamento bilateral com os sauditas. Ele o revisará com o Congresso e com países ao redor do mundo e tomará medidas que sejam de nosso interesse”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em entrevista coletiva.

Price tachou como “erro” e “decepção” a decisão da semana passada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), liderada por Arábia Saudita e Rússia, de cortar a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia - os EUA estavam pedindo um aumento do bombeamento para impedir a alta de preços.

O porta-voz do Departamento de Estado denunciou que esta medida servirá apenas “aos interesses de curto prazo da Rússia, que se beneficiará dos altos preços do petróleo” e aliviará as sanções que o Ocidente lhe impôs pela invasão da Ucrânia.

Price, no entanto, evitou se posicionar sobre posturas específicas, como a do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o democrata Bob Menéndez, que defende a suspensão das relações com Riad.

“Há membros do Congresso que têm ideias sobre como mudar o relacionamento para melhor atender aos interesses dos Estados Unidos. Queremos ouvir suas propostas”, afirmou Price, sem entrar em detalhes.

Apesar da decisão da Arábia Saudita, o porta-voz negou que a viagem de Biden ao país árabe em julho tenha sido um “erro”.

Na ocasião, o presidente americano visitou a cidade saudita de Jidá para pedir o aumento da produção de petróleo, em uma viagem que lhe rendeu muitas críticas por seu encontro com o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, a quem havia prometido tratar como “pária” por conta do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

“Não foi um erro porque, como já dissemos, não abordamos apenas um dos nossos interesses. Vários interesses foram atendidos”, justificou Price.

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