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O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ditador da China, Xi Jinping
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ditador da China, Xi Jinping| Foto: EFE

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai se reunir na semana que vem com o ditador da China, Xi Jinping, em São Francisco, com o objetivo de "estabilizar" a relação entre os dois países, confirmaram dois funcionários da Casa Branca.

A reunião, que será realizada na próxima quarta-feira (15), à margem do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), marca o primeiro encontro entre os dois líderes em solo americano e o segundo desde que Biden assumiu o cargo, em 2021.

"Estamos em concorrência com a China, mas não estamos à procura de conflito, confronto ou uma nova Guerra Fria", disse um dos funcionários, que pediu para não ser identificado, em conversa com os jornalistas.

Biden deverá discutir com Xi o futuro da relação entre os dois países, com ênfase em "manter abertas" as linhas de comunicação e expandi-las para outras áreas além da diplomacia, como a militar e a de inteligência, segundo os funcionários.

Além disso, os dois líderes abordarão questões relacionadas com a região da Ásia-Pacífico, a guerra na Ucrânia e o conflito em Israel e na Faixa de Gaza, bem como questões mais vastas como a crise climática e a luta contra o narcotráfico.

O presidente americano deverá abordar questões mais espinhosas nas quais os dois países "têm diferenças", como "direitos humanos, questões comerciais, o mar da China Meridional e o tratamento justo das empresas e negócios americanos".

Biden expressará ao ditador chinês suas "preocupações" sobre a aproximação entre Coreia do Norte e Rússia, em meio a alegações dos EUA de um possível negócio de armas entre os dois países.

"A China continua sendo um importante patrocinador" de Pyongyang, disse um dos funcionários, e o presidente dos EUA reiterará a Xi que está pronto para uma reaproximação diplomática com a Coreia do Norte.

Biden também pedirá ao líder chinês para que transmita ao Irã a mensagem de que os EUA estarão "prontos para responder" a qualquer ação que "aumente ou espalhe" a violência no Oriente Médio.

Sobre Taiwan, outra área de forte desacordo entre EUA e China, o político democrata ressaltará o seu apoio ao território e a sua preocupação com o aumento das actividades militares na região.

"São ações sem precedentes que são perigosas e prejudicam a paz e a estabilidade", sublinhou o segundo funcionário.

A visão da Casa Branca sobre esta reunião, de acordo com os funcionários, é realista: "os esforços para moldar ou reformar a China nas últimas décadas fracassaram".

Este encontro entre Xi e Biden ocorrerá após meses de aproximação, depois de a chegada de um suposto balão chinês aos EUA ter congelado as relações já tensas entre os dois países.

Uma visita do secretário de Estado, Antony Blinken, a Pequim em junho e uma viagem posterior de vários funcionários dos EUA, incluindo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, abriram o caminho.

O primeiro encontro entre os dois líderes ocorreu há um ano, paralelamente à cúpula do G20 em Bail, na Indonésia.

A última vez que Xi Jinping viajou aos EUA foi em 2017, quando visitou a residência na Flórida do então presidente Donald Trump, com quem tinha uma relação complicada.

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