Uma biografia não autorizada do primeiro-ministro britânico, David Cameron, é o principal assunto na imprensa do Reino Unido neste início de semana. O livro, escrito por um desafeto de Cameron, aponta que o premiê esteve envolvido em episódios escandalosos e bizarros durante a universidade.
Assuntos abordados em “Call me Dave” foram divulgados no domingo (20) pelo jornal britânico “Daily Mail”. Neles, o autor Lord Ashcroft, ex-tesoureiro do Partido Conservador, do qual Cameron é membro, acusa o atual premiê de consumir drogas como cocaína e de participar de rituais estranhos de iniciação dentro da tradicional Oxford University.
Em um dos rituais, o autor escreve que Cameron praticou ato obsceno com um porco morto -- nas redes sociais, isso levou o assunto a ser comentado com a hashtag #piggate.
Cameron também estaria ligado a um grupo conhecido por beber e destruir os dormitórios da universidade.
Apesar do tom pesado da obra, o livro destaca a dedicação de Cameron ao filho Ivan, que nasceu com uma doença congênita e morreu em 2009. Esse episódio o teria tornado um político com compaixão. O autor destaca também a eficiência do primeiro-ministro.
A relação entre Cameron e Ashcroft, antes grandes companheiros políticos, se deteriorou em 2010, quando, segundo o “Guardian”, o primeiro-ministro teria prometido uma cargo importante ao companheiro de legenda, mas mudou os planos inesperadamente.
Cameron afirmou que não se pronunciará sobre o livro, mas seu porta-voz deixou implícito, em uma declaração lida nesta segunda-feira (21), que a obra se trata de uma espécie de vingança. “O autor tem suas razões para escrever este livro. O primeiro-ministro está focado em dirigir o país”, completou.
