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O ex-premier britânico Tony Blair chegou nesta segunda-feira (23) a Jerusalém para sua primeira visita como enviado de paz internacional, na expectativa de ajudar a encerrar 60 anos de fracassos de negociações na região. A visita já foi chamada pelos céticos de "missão impossível". Mas o novo enviado do chamado "Quarteto" de negociadores - Estados Unidos, Rússia, União Européia (UE) e Organização das Nações Unidas (ONU) - declarou ter esperança de ajudar a resolver o grave problema global.

Ele iniciou a viagem de dois dias à região na capital da Jordânia, Amã, onde se encontraria com o chanceler Abdelelah al-Khatib, e depois seguiu para Jerusalém. Ao lado do Egito, a Jordânia é um dos dois países árabes a manter relações formais com Israel. Não se espera que haja muitos comentários públicos da visita. Segundo um porta-voz de Blair, ele está "vindo basicamente para ouvir".

O ex-primeiro-ministro britânico vai se encontrar com a ministra das Relações Exteriores e o ministro da Defesa israelenses, assim como com um importante diplomata americano no país, antes de se reunir, na terça-feira, com o premiê Ehud Olmert e com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

O "Quarteto" pediu a Blair que apresente, até setembro, um plano inicial para construir instituições necessárias para estabelecer um Estado palestino viável ao lado de Israel. Mas um Estado palestino parece agora mais remoto do que nunca, com os territórios divididos entre o Hamas, na Faixa de Gaza, e a facção Fatah, de Abbas, na Cisjordânia.

Segundo a edição de hoje do jornal "Ha'aretz", o representante do Quarteto deixará de lado assuntos técnicos como a obtenção de apoio por países doadores e se centrará em impulsionar o fortalecimento das instituições na ANP. Blair usará a sede das Nações Unidas no setor de Armon Hanatziv, em Jerusalém Oriental, como centro de operações durante a visita, informa o "Jerusalem Post".

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