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Presidente equatoriano candidato à reeleição, Rafael Correa vota em escola de Quito | Guillermo Granja/Reuters
Presidente equatoriano candidato à reeleição, Rafael Correa vota em escola de Quito| Foto: Guillermo Granja/Reuters

Assentos

Presidente deve obter maioria absoluta no Congresso equatoriano

Agência Estado

Os equatorianos também vão às urnas para eleger seus representantes no Congresso. Segundo o diretor do instituto de pesquisas CMS, Santiago Cuesta, o presidente Rafael Correa deve obter com seu movimento Alianza País (AP) uma maioria absoluta com entre 60% e 65% dos 137 assentos.

Atualmente, o AP tem o principal bloco, mas não chega a ser maioria, razão pela qual Correa colocou como objetivo chave consolidar sua força no Legislativo para avançar com projetos pendentes e com outros com os quais, segundo este crítico do neoliberalismo, tornará "irreversível" sua "revolução cidadã".

58,8% dos votos foram para o presidente Rafael Correa, de acordo com pesquisa de boca de urna divulgada pelo instituto Cedatos. O número é 35% superior ao do segundo colocado, segundo o mesmo levantamento.

O presidente equatoriano Rafael Correa foi reeleito ontem com 58,8% dos votos para seu terceiro mandato, segundo resultado da boca de urna do instituto Cedatos.

A vitória foi arrasadora. O se­­gundo colocado, o ex-banqueiro da Opus Dei Guillermo Lasso, ficou com 23,1%, de acordo com as projeções.

"Nem um passo atrás. Ou mudamos o país agora, ou não o mudamos mais", disse Correa na sacada do Palácio de Carondelet, sede do governo equatoriano, após conhecer o resultado. "Estamos cumprindo o sonho da pátria pequena, o Equador, e da pátria grande, a América Latina. Aqui já não mandam mais os países poderosos, os meios de comunicação. Aqui manda o povo equatoriano."

A chamada Plaza Grande, diante do palácio, estava tomada por uma multidão que carregava bandeiras verde-limão, cores do partido de Correa, o Alianza Pais.

O presidente estava acompanhado da mulher, a belga Anne Malherbe, e dois dos filhos do casal.

A votação ocorreu com tranquilidade, com apenas um incidente mais grave. O Conselho Nacional Eleitoral denunciou que houve uma tentativa de invasão de seu sistema de informática, mas contornado imediatamente, segundo comunicado.

No final do dia, María Emma Mejía, representante especial da Unasul para a missão eleitoral no Equador, declarou que o processo havia ocorrido dentro da normalidade e descartou a possibilidade de fraude.

Observadores

Durante todo o dia, foi possível notar a movimentação de observadores internacionais nos postos de votação.

No Equador, o voto não é eletrônico e houve reclamações registradas quanto à cédula: um imenso pedaço de papel com muitas opções – cada pessoa podia votar em até 15 congressistas.

A eleição renovará as 137 cadeiras da Assembleia. O partido de Correa, o Alianza Pais, deve obter a maioria na casa. Projeções indicavam que conseguiria cerca de 80 cadeiras.

O presidente, que prega uma "revolução bolivariana" como seu par venezuelano Hugo Chávez, competiu com uma oposição fragmentada, que não conseguiu apresentar uma proposta competitiva para desbancar o presidente.

Atrás de Guillermo Lasso, em terceiro, ficou o ex-militar e ex-presidente Lucio Gutierrez (5%), que ainda mantém sua influência junto a comunidades indígenas.

A disputa teve ainda dois candidatos que foram antes aliados de Correa. Alberto Acosta, que se apresentou como a "verdadeira opção de esquerda", e Norman Wray, do Movimento Ruptura 25.

Segundo analistas, as razões para o sucesso de Correa nessas eleições foram a estabilidade política, os relativos bons números da economia e o investimento em planos de assistência social.

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