Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Equador

Boca de urna aponta reeleição de Correa

Pesquisa divulgada no fim do processo de votação aponta uma vantagem de 35% do presidente sobre o segundo colocado Guillermo Lasso

Presidente equatoriano candidato à reeleição, Rafael Correa vota em escola de Quito | Guillermo Granja/Reuters
Presidente equatoriano candidato à reeleição, Rafael Correa vota em escola de Quito (Foto: Guillermo Granja/Reuters)

O presidente equatoriano Rafael Correa foi reeleito ontem com 58,8% dos votos para seu terceiro mandato, segundo resultado da boca de urna do instituto Cedatos.

A vitória foi arrasadora. O se­­gundo colocado, o ex-banqueiro da Opus Dei Guillermo Lasso, ficou com 23,1%, de acordo com as projeções.

"Nem um passo atrás. Ou mudamos o país agora, ou não o mudamos mais", disse Correa na sacada do Palácio de Carondelet, sede do governo equatoriano, após conhecer o resultado. "Estamos cumprindo o sonho da pátria pequena, o Equador, e da pátria grande, a América Latina. Aqui já não mandam mais os países poderosos, os meios de comunicação. Aqui manda o povo equatoriano."

A chamada Plaza Grande, diante do palácio, estava tomada por uma multidão que carregava bandeiras verde-limão, cores do partido de Correa, o Alianza Pais.

O presidente estava acompanhado da mulher, a belga Anne Malherbe, e dois dos filhos do casal.

A votação ocorreu com tranquilidade, com apenas um incidente mais grave. O Conselho Nacional Eleitoral denunciou que houve uma tentativa de invasão de seu sistema de informática, mas contornado imediatamente, segundo comunicado.

No final do dia, María Emma Mejía, representante especial da Unasul para a missão eleitoral no Equador, declarou que o processo havia ocorrido dentro da normalidade e descartou a possibilidade de fraude.

Observadores

Durante todo o dia, foi possível notar a movimentação de observadores internacionais nos postos de votação.

No Equador, o voto não é eletrônico e houve reclamações registradas quanto à cédula: um imenso pedaço de papel com muitas opções – cada pessoa podia votar em até 15 congressistas.

A eleição renovará as 137 cadeiras da Assembleia. O partido de Correa, o Alianza Pais, deve obter a maioria na casa. Projeções indicavam que conseguiria cerca de 80 cadeiras.

O presidente, que prega uma "revolução bolivariana" como seu par venezuelano Hugo Chávez, competiu com uma oposição fragmentada, que não conseguiu apresentar uma proposta competitiva para desbancar o presidente.

Atrás de Guillermo Lasso, em terceiro, ficou o ex-militar e ex-presidente Lucio Gutierrez (5%), que ainda mantém sua influência junto a comunidades indígenas.

A disputa teve ainda dois candidatos que foram antes aliados de Correa. Alberto Acosta, que se apresentou como a "verdadeira opção de esquerda", e Norman Wray, do Movimento Ruptura 25.

Segundo analistas, as razões para o sucesso de Correa nessas eleições foram a estabilidade política, os relativos bons números da economia e o investimento em planos de assistência social.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.