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Um porta-voz da Qatar Airways disse neste domingo (30) que o pacote-bomba encontrado em Dubai na sexta-feira foi transportado em dois aviões de passageiros da companhia. O funcionário deu as declarações sob condição de anonimato. O pacote chegou ao aeroporto de Doha, no Catar, em um voo da Qatar Airways procedente de Sanna, a capital do Iêmen. Depois, foi transferido para outro avião, com destino a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde foi descoberto por autoridades.

O pacote continha explosivos escondidos em um cartucho de impressora e era endereçado aos Estados Unidos. Um segundo pacote-bomba foi localizado no Aeroporto de East Midlands, na Inglaterra, a bordo de um avião da United Parcel Service (UPS) vindo da Alemanha. Ele também tinha como origem o Iêmen.

Diante da gravidade da situação, o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, cancelou uma viagem que faria a Israel ontem. A Alemanha e a França também decidiram suspender os voos de carga vindos do Iêmen. Os pacotes eram destinados a duas sinagogas em Chicago, segundo investigadores dos EUA, e foram encontrados na sexta-feira.

A facção da Al-Qaeda no Iêmen é suspeita de ter enviado os pacotes. No Natal do ano passado, um jovem nigeriano supostamente ligado ao grupo tentou, sem sucesso, detonar um explosivo durante um voo com destino a Detroit, nos Estados Unidos. Segundo o vice assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Brennan, a pessoa que fabricou os explosivos encontrados na sexta-feira é a mesma que fabricou o dispositivo utilizado pelo jovem nigeriano no ano passado.

A polícia do Iêmen continuava as buscas por outros suspeitos no domingo, depois de ter prendido ontem uma estudante de engenharia de computação e sua mãe. Brennan disse hoje que as autoridades "devem presumir" que pode haver outros pacotes como os encontrados na Inglaterra e em Dubai.

Segundo ele, o plano frustrado "certamente traz a marca registrada" da facção iemenita da Al-Qaeda, conhecida como Al-Qaeda na Península Arábica. "Estamos tentando entender melhor o que podemos estar enfrentando", disse Brennan, que participou de uma série de talk shows ontem representando a administração Barack Obama, para falar sobre a mais recente ameaça terrorista.

Por causa da ameaça, disse Brennan, as duas maiores empresas de entregas de pacotes do mundo, a FedEx e a UPS, suspenderam seus serviços de frete aéreo com origem no Iêmen. "Seria muito imprudente presumir que não há outros (pacotes) por aí", disse o assessor no programa State of the Union, da CNN.

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