
O Estado Islâmico (EI) tem em mãos material radioativo suficiente para construir uma grande e devastadora “bomba suja”, que combinaria material radioativo com explosivos convencionais, informou ontem o jornal britânico “Independent”, citando relatórios da Inteligência australiana. O EI já declarou à revista jihadista “Dabiq” sua ambição de desenvolver armas de destruição em massa. Autoridades de Defesa da Índia já haviam alertado para a possibilidade de o EI conseguir armas nucleares no Paquistão.
Segundo a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, a Otan manifestou preocupação com os materiais apreendidos pelo EI em centros de pesquisa e hospitais que normalmente seriam disponibilizados para os governos.
Na semana passada, a ameaça de armas radioativas e biológicas em mãos do EI entrou nas discussões de uma reunião da cúpula do Grupo Austrália, bloco de 40 nações dedicado a acabar com o uso de armas químicas. No encontro, Julie alertou que os militantes têm usado cloro como arma e estão recrutando técnicos altamente treinados para desenvolver armas químicas.
“Isso realmente os preocupa”, disse Julie Bishop em entrevista à revista “The Australian”. “O uso de cloro pelo Daesh (como é chamado o EI no Oriente Médio) e o recrutamento de profissionais altamente treinados , incluindo do Ocidente, revelam esforços muito mais sérios no desenvolvimento de armas químicas”, acrescentou a ministra.
As preocupações sobre o desenvolvimento de armas de destruição em massa pelo EI surgem no momento em que especialistas temem que o grupo promova mais ações violentas para marcar o início do Ramadã, na semana que vem, e o aniversário de um ano da sua declaração de califado. O grupo radical já domina as cidades de Raqqa e Palmira, na Síria, e Ramadi, no Iraque. Na última terça-feira, conquistou a cidade de Sirte, na Líbia.



