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Presidente chileno teria recusado a visita após ser informado do suposto assassinato de um adolescente palestino em uma operação do Exército israelense
Presidente chileno teria recusado a visita após ser informado do suposto assassinato de um adolescente palestino em uma operação do Exército israelense| Foto: EFE/Alberto Valdes

O presidente do Chile, Gabriel Boric, se recusou nesta quinta-feira (15) a receber o embaixador israelense, Gil Artzyeli, no Palácio de La Moneda, segundo informou a imprensa local.

Artzyeli havia sido convocado a entregar suas credenciais ao presidente, mas segundo a mídia local, Boric teria recusado a visita após ser informado do suposto assassinato de um adolescente palestino em uma operação do Exército israelense.

Um jovem de 17 anos foi morto nesta quinta-feira com um tiro na cabeça durante confrontos na região de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Segundo relatos, esse fato fez com que a ministra das Relações Exteriores chilena, Antonia Urrejola, informasse o embaixador da decisão do presidente de adiar a apresentação de credenciais.

Os meios de comunicação locais destacaram que o governo “nega que tenha sido um agravo a Israel”.

Fontes da chancelaria chilena confirmaram à Agência Efe que, após o episódio, a subsecretária de Relações Exteriores do Chile, Ximena Fuentes, se reuniu com o embaixador israelense.

Por outro lado, segundo a imprensa, o embaixador chileno em Israel, Jorge Carvajal, recebeu um telefonema do Ministério das Relações Exteriores israelense para manifestar seu descontentamento com a atitude de Boric.

O episódio gerou tensão diplomática entre os dois países. A senadora Carmen Gloria Aravena, presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Chile-Israel, formado por outros 14 senadores de diferentes bancadas, declarou que o ocorrido “não é apenas uma afronta a um país com o qual o Chile mantém uma longa e estreita amizade, mas também põe em risco as relações bilaterais”.

Aravena, ex-membro do partido de direita Evópoli, assegurou que “não se lembra de um incidente tão grave que o Chile teve em termos de política externa nos últimos tempos” e pediu ao governo e a Boric que peçam desculpas formalmente a Israel.

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