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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, buscou nesta terça-feira atenuar as tensões resultantes do acidente petrolífero no golfo do México e, durante visita ao presidente Barack Obama, disse "entender completamente a raiva que existe em toda a América" contra a empresa British Petroleum.

Mas, tocando num outro tema delicado, ele afirmou que a empresa não teve qualquer envolvimento na libertação de um agente líbio que cumpria pena na Escócia pela explosão de um avião norte-americano. Cameron prometeu que Londres participará de forma construtiva em eventuais audiências parlamentares sobre o assunto nos Estados Unidos.

"Não confundamos o vazamento de petróleo com o líbio da bomba", disse Cameron a jornalistas ao lado de Obama, após reunião na Casa Branca.

Obama se disse confiante de que o governo britânico vai cooperar para esclarecer todos os fatos a respeito da libertação de Abdel Basset al-Megrahi, ocorrida no ano passado, quando Cameron ainda estava na oposição.

Cameron disse ter pedido a assessores que avaliem a possibilidade de divulgar mais documentos sobre o caso, mas rejeitou um pedido de parlamentares norte-americanos por uma investigação completa.

Esta é a primeira visita de Cameron a Washington como primeiro-ministro em meio à crise provocada pelo vazamento de petróleo em um poço da BP no golfo do México. De olho na opinião de aposentados britânicos e de outros investidores no seu país, Cameron prometeu apoio à combalida companhia.

A jornalistas, ele disse que tanto a Grã-Bretanha quanto os Estados Unidos têm interesse em que a BP permaneça "forte e sã", capaz de pagar as indenizações pelo vazamento.

Obama e Cameron demonstraram unidade também a respeito da guerra do Afeganistão, das sanções ao Irã por seu programa nuclear e dos esforços pela recuperação econômica global.

Assessores disseram que o objetivo da reunião era aprofundar o contato pessoal iniciado na cúpula do G20 em junho no Canadá.

Mas a BP e seu envolvimento no pior vazamento de petróleo dos Estados Unidos, iniciado há exatos três meses, dominou o evento. Nas últimas semanas, divergências entre os dois governos a respeito da BP e da economia global geraram dúvidas sobre a solidez da aliança anglo-americana.

Obama, no entanto, ressaltou a importância dessa relação. "Jamais podemos dizer suficientemente (o quanto) os Estados Unidos e a Grã-Bretanha desfrutam de uma relação realmente especial", afirmou.

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