• Carregando...
Lakhdar Brahimi (à esq.) cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi | Reuters/Takuro Yabe/Compartilhamento
Lakhdar Brahimi (à esq.) cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi| Foto: Reuters/Takuro Yabe/Compartilhamento

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, o diplomata argelino Lakhdar Brahimi, expressou nesta quarta-feira (31) sua esperança de que a China tenha "um maior papel" nos esforços para assegurar o fim da violência na Síria.

Brahimi fez essa declaração diante dos jornalistas e no início de sua reunião com o ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, em Pequim, onde chegou na última terça-feira.

"A China pode ter um papel ativo na resolução dos eventos na Síria", declarou o mediador.

Mais tarde, em resposta a Brahimi, o porta-voz das Relações Exteriores da China, Hong Lei, assinalou que "China teve um papel importante e positivo na busca de uma solução política à questão da Síria".

"Continuaremos juntos com a comunidade internacional para buscar uma solução pacífica, justa e adequada", acrescentou o ministro.

A China, em sua condição de membro permanente e com direito a veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, bloqueou em três ocasiões, assim como a Rússia, resoluções da ONU contra o regime de Bashar al Assad.

Neste caso, as autoridades chinesas consideraram que essas resoluções poderiam abrir caminho para sanções e intervenções militares.

Apesar de não ter sido a favor das resoluções, a China sempre manifestou seu apoio ao trabalho mediador da ONU e da Liga Árabe, tanto com Brahimi como com seu antecessor, Kofi Annan.

Em agosto, autoridades do governo chinês se reuniram com uma enviada especial do governo sírio e, um mês depois, com uma delegação de um grupo da oposição, aos quais pediram "uma solução política, já que o uso da força não resolverá a crise no país árabe".

Na segunda-feira, dia em que China anunciou a visita de Brahimi, o jornal governista chinês Global Times assegurou que membros de grupos separatistas uigures do noroeste da China (que Pequim considera terroristas) foram à Síria para se unir aos grupos armados da oposição ao regime de Assad.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]