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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, admitiu que ignorava o fato de o Brasil estar inadimplente há três anos com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), braço das Nações Unidas na discussão sobre a mudança do clima. Ele afirmou que o "Brasil tem de pagar" o valor devido superior a US$ 2,5 milhões. Com o atraso, o País perdeu seu direito ao voto na entidade, que abriu no domingo (30) uma conferência sobre o clima na qual se espera a criação de um sistema internacional de coleta e de distribuição de dados meteorológicos.

A situação provoca constrangimento, porque antecede a preparação do Brasil para atuar como um dos "pesos-pesados" na negociação da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, que será entre 7 e 18 de dezembro em Copenhagen, Dinamarca. Essa conferência deverá definir novos parâmetros para a redução dos gases do efeito estufa que serão adotados a partir de 2012.

A inadimplência significa um novo retrocesso ao quadro vivido pelo Itamaraty em 2003, quando o Brasil contabilizava atraso no pagamento de suas cotas em vários organismos internacionais e corria o risco de perda do direito de voto. Essa situação foi contornada por meio de negociações com o Ministério do Planejamento. Amorim também disse que iria se informar sobre o atraso dos desembolsos com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Até o fechamento desta edição, o Planejamento não havia apresentado as razões da inadimplência e os planos para contorná-la nem havia informado se apresentara ao Itamaraty explicações sobre os atrasos.

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