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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta quarta-feira (28) a possibilidade de o Brasil enriquecer urânio em território brasileiro para o programa nuclear do Irã. "O Brasil não trabalha com a hipótese de ser depositário do urânio do Irã. Tem países mais próximos que poderiam depositar urânio, mas isso também vai depender da disposição do Irã", disse, após um encontro com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no Itamaraty, em Brasília.

Em visita à capital iraniana, Teerã, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, comentou sobre a hipótese de o urânio ser enriquecido no Brasil. "Até o momento, não houve uma proposta. Mas se recebermos essa proposta, ela seria examinada", disse Amorim.

No ano passado, Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à Organização das Nações Unidas, apresentou ao Irã uma proposta que prevê a entrega de urânio iraniano levemente enriquecido a um terceiro país, que ficaria responsável por transformá-lo em combustível antes que fosse devolvido aos iranianos.

Lula também disse nesta quarta não acreditar na possibilidade de uma invasão norte-americana ao Irã. Potências internacionais lideradas pelos EUA defendem a aplicação de sanções ao país comandado por Mahmoud Ahmadinejad. Eles temem que o programa nuclear iraniano seja destinado à produção de armamento nuclear. O Brasil, no entanto, defende uma solução negociada e o direito de o Irã desenvolver urânio para fins pacíficos.

"Não vejo a hipótese, nem a oportunidade política dos Estados Unidos invadirem o Irã", disse. O presidente afirmou ainda que viaja a Teerã em maio com a esperança de "convencer" o Irã a não produzir armas nucleares. "Viajo para o Irã no próximo mês e esperamos que possamos convencer os iranianos a não desenvolverem urânio para fins nucleares e convencer outros países a evitar sanções", disse.

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