
Sob pressão de diversas ONGs, o governo brasileiro passará hoje em Genebra por uma sabatina da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação de direitos humanos no país.
É a segunda vez que o Brasil se submete à Revisão Periódica Universal, mecanismo que ajudou a implementar para avaliar os direitos humanos nos países da ONU, "sem seletividade ou politização", segundo disse a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
A ministra cita avanços nos últimos quatro anos, mas diz que "é preciso estar atento e reconhecer as violações de direitos humanos no país".
O governo brasileiro irá ouvir recomendações e perguntas de 78 países sobre temas como violência policial, superlotação do sistema carcerário, respeito aos trabalhadores nas grandes obras nacionais e direitos dos índios.
Tim Cahill, da equipe da Anistia Internacional dedicada ao Brasil, pediu que o país seja mais ágil: "Não basta reconhecer os problemas, é preciso ser mais ativo para mudar a realidade dos direitos humanos no Brasil".
Em 2008, o governo se comprometeu a criar indicadores para monitorar a situação dos direitos humanos no país, o que ainda não ocorreu. Rosário diz que os indicadores devem ficar pronto até o fim do ano.
EUA
Os EUA lançaram ontem seus relatórios sobre direitos humanos por país para 2011. Voltaram a destacar, no caso do Brasil, abusos cometidos por policiais e as péssimas condições penitenciárias. Outro problema apontado é o tráfico humano-sexual e de mão de obra escrava.



