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Racismo

Brasil reprova ataque de iraniano

O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota oficial ontem para externar " particular preocupação" com o discurso proferido na segunda-feira pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad , durante a Conferência da ONU sobre racismo em Durban. A preocupação do governo brasileiro se justifica ainda mais porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá receber o presidente iraniano em visita oficial ao Brasil, confirmada para o dia 6 de maio.

Durante o discurso do iraniano, ele, além de denunciar o "racismo" de Israel e negar a existência do Holocausto, culpou os Estados Unidos e alguns governo ocidentais pela cumplicidade na política israelense contra os palestinos.

Ahmadinejad, que foi o único chefe de Estado a assistir à conferência, usou grande parte de seu discurso para condenar a "política repressiva" e a "brutalidade" de Israel contra os palestinos.

Segundo a nota do Itamaraty, depois do discurso que Ahmadinejad atacou Israel e chamou de racista o sionismo, Lula aproveitará a visita para reiterar a posição do governo brasileiro sobre o tema.

Durante a conferência, a delegação do Brasil ouviu atentamente os ataques de Ahmadinejad e não saiu da sala em protesto, como fizeram vários diplomatas europeus. Mas fez um gesto: o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, que liderava a delegação, não bateu palmas.

No encontro com Lula, Ahmadinejad pedirá apoio do governo brasileiro ao projeto nuclear do Irã, entre outros assuntos de cooperação comercial.

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