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O Brasil fornecerá 500 megawatts de energia elétrica por dia ao Uruguai, para suprir a carência energética resultante da intensa seca no país vizinho. A solicitação foi feita nesta quinta-feira (12) pelo chanceler uruguaio, Gonzalo Fernández, ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

"Obtivemos do ministro Lobão a garantia de uma transmissão de energia maior já a partir dos próximos dias, porque nosso país vive uma seca muito grande e tem uma necessidade energética importante", relatou Fernández, em entrevista coletiva. Segundo Fernández, atualmente o Brasil exporta 300 megawatts por dia para o Uruguai e um acordo bilateral prevê o envio de até 500 megawatts. "Solicitei a possibilidade de chegar a esse teto de 500, e ele concordou", revelou o chanceler uruguaio.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o aumento valeria para o período de fevereiro a abril, mas o mais provável é que só ocorra até março. A energia seria enviada pela Conversora de Garabi.

Outro tema tratado na reunião foi a futura interconexão energética um memorando sobre transmissão chegou a ser discutido entre os ministros, sem conclusão. Tratado bilateral nesse sentido poderá ser firmado durante visita do presidente Tabaré Vázquez ao Brasil, no dia 10 de março.

O chanceler uruguaio também esteve com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com quem acertou a realização de um seminário sobre comércio em moeda local, em Montevidéu, provavelmente no final de março. O encontro analisaria a experiência, em andamento, entre Brasil e Argentina.

Outra hipótese tratada pelos dois ministros foi a realização de swap cambial, pelo Banco Central brasileiro, com países latino-americanos.

"O tema havia sido conversado antes entre nossos ministros de Economia e me limitei a ratificar o interesse que temos em poder explorar isso como um instrumento mais de integração e cooperação que nos permite fazer frente crise que hoje sacode o planeta", relatou Gonzalo Fernández. O assunto deve ser aprofundado no seminário em Montevidéu.

"Acho perfeitamente possível que o Brasil ajude os vizinhos a enfrentar este momento de crise com garantias que as próprias reservas financeiras podem oferecer, sem prejuízo das nossas reservas, no mesmo mecanismo que o FED [Federal Reserve, o Banco Centralamericano] tem conosco", disse o chanceler brasileiro, Celso Amorim, sem dar detalhes.

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