
Foz do Iguaçu - Mesmo sem ter provas contundentes, a Polícia Nacional do Paraguai atribui aos brasileiros Eduardo da Silva, 27 anos, e Marcos Cordeiro Pereira, 34 anos, participação no atentado contra o senador Robert Acevedo, do Partido Liberal Radical Autêntico (PRLA), ocorrido na última segunda-feira em Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã (MS).
Os dois foram presos pouco mais de duas horas após o atentado, por volta das 20h30 (21h30 no Brasil) de segunda-feira.
O comissário da Polícia Nacional, Francisco Gonzáles, não descarta a possibilidade dos brasileiros serem membros do grupo Primeiro Comando da Capital (PCC). "Eles são supostos integrantes, mas estamos verificando", disse à Gazeta do Povo por telefone.
Segundo o comissário, os brasileiros estavam vivendo irregularmente em Pedro Juan. Ambos estão detidos na Divisão de Investigação de Delitos à disposição do Ministério Público.
Carro clonado
Os policiais não encontraram armas nem drogas na casa, mas o que chamou atenção foram os sete veículos estacionados na residência, alguns deles com placas de São Paulo. Em entrevista concedida a uma rádio paraguaia, a promotora Lourdes Pena informou que a Ford Ranger usada pelos matadores para praticar o atentado está em nome do Banco Itaú e é clonado.
O ataque ao senador aconteceu quando ele seguia de carro pelo centro da cidade, momento em que os atiradores abriram fogo foram ao menos 30 tiros. O motorista e um guarda-costas morreram na hora. O senador, porém, conseguiu sair do carro e escapar. Ele foi atingido em um braço e, de raspão, na cabeça. Acevedo passa bem, mas segue internado em Pedro Juan Caballero.
Em 2004, a polícia brasileira descobriu um plano para assassinar o senador e o juiz Odilon de Oliveira, responsável por condenar traficantes da região.



