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Violência

Brasileiros acusados de atentado no Paraguai seriam ligados ao PCC

Polícia encontra sete carros, alguns com placas de São Paulo, na casa onde suspeitos de atirar em senador foram presos

O senador Roberto Acevedo, que foi atingido por dois tiros: represália | Daniel Figueredo/Reuters
O senador Roberto Acevedo, que foi atingido por dois tiros: represália (Foto: Daniel Figueredo/Reuters)
Carro usado pelo senador no momento do atentado: duas mortes |

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Carro usado pelo senador no momento do atentado: duas mortes

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Foz do Iguaçu - Mesmo sem ter provas contundentes, a Polícia Nacional do Pa­­raguai atribui aos brasileiros Edu­­ardo da Silva, 27 anos, e Marcos Cordeiro Pereira, 34 anos, participação no atentado contra o senador Robert Aceve­­do, do Partido Liberal Radical Autên­­tico (PRLA), ocorrido na última segunda-feira em Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã (MS).

Os dois foram presos pouco mais de duas horas após o atentado, por volta das 20h30 (21h30 no Brasil) de segunda-feira.

O comissário da Polícia Na­­cio­­­­nal, Francisco Gonzáles, não descarta a possibilidade dos brasileiros serem membros do grupo Pri­­meiro Comando da Capital (PCC). "Eles são supostos inte­­gran­­tes, mas estamos verificando", disse à Gazeta do Povo por te­­lefone.

Segundo o comissário, os brasileiros estavam vivendo irregularmente em Pedro Juan. Ambos estão detidos na Divisão de In­­vestigação de Delitos à disposição do Ministério Público.

Carro clonado

Os policiais não encontraram armas nem drogas na casa, mas o que chamou atenção foram os sete veículos estacionados na residência, alguns deles com placas de São Paulo. Em entrevista concedida a uma rádio paraguaia, a promotora Lourdes Pena informou que a Ford Ranger usada pelos matadores para praticar o atentado está em nome do Banco Itaú e é clonado.

O ataque ao senador aconteceu quando ele seguia de carro pelo centro da cidade, momento em que os atiradores abriram fogo – foram ao menos 30 tiros. O motorista e um guarda-costas morreram na hora. O senador, porém, conseguiu sair do carro e escapar. Ele foi atingido em um braço e, de raspão, na ca­­beça. Ace­­vedo passa bem, mas segue internado em Pedro Juan Caballero.

Em 2004, a polícia brasileira descobriu um plano para assassinar o senador e o juiz Odilon de Oliveira, responsável por condenar traficantes da região.

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