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São três os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, região dos recentes bombardeios entre Israel e o grupo palestino Hamas. São dois homens e uma mulher, que nasceram no país e se instalaram ainda crianças na Palestina, onde se casaram e constituíram família. Os três brasileiros, que já não falam português, e suas famílias estariam em locais relativamente seguros e passam bem, segundo a representação brasileira do Itamaraty em Ramallah, na Cisjordânia.

"Nós estamos fazendo contato diariamente com eles", diz o oficial de chancelaria Mário Mannrich, que está no escritório da Cisjordânia. Ele conta que a situação na Faixa de Gaza é crítica: faltam alimentos, energia elétrica e água, mas as famílias dos três brasileiros, segundo Mannrich, têm uma boa situação econômica e, por causa disso, têm mais facilidade para conseguir alimentos. "A partir de ontem (quarta-feira), ficou mais fácil comprar comida, por causa da trégua de três horas de Israel. Quando há trégua, eles saem de casa e compram mantimentos em estoque. Mas a guerra é sempre uma situação difícil. A Faixa de Gaza é uma área estreita e densamente povoada, com 1,5 milhão de habitantes. Por isso, o conflito é tão cruel."

Fuga

Para escapar dos bombardeios, as famílias dos três brasileiros fugiram para áreas menos tumultuadas de Gaza, e estariam "relativamente bem", segundo Mannrich. "Israel bombardeia áreas onde acha que estão os terroristas do Hamas. Esses brasileiros que estão em Gaza sabem que regiões são mais seguras. É como se você estivesse em São Paulo e bombardeassem o centro: você iria para outros bairros. Foi o que eles fizeram."

O oficial afirma que o escritório do Itamaraty está atento à condição das famílias, e pronto para realizar todos os esforços possíveis para uma eventual evacuação. Um dos brasileiros, segundo ele, já havia tentado fugir da região pouco antes do conflito, sem sucesso. "Por enquanto, essa possibilidade [de evacuar] é muito pequena, porque Israel dificultou o acesso à Faixa de Gaza. Mas estamos prontos para isso." O escritório de Ramallah também tem fornecido apoio às ações do governo brasileiro, como o envio do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com ajuda humanitária, que chegará à Palestina hoje.

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