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Em São Paulo

Brasileiros organizam protesto contra governo Meloni por restrição de cidadania

Primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. O governo italiano anunciou mudanças na lei de cidadania para limitar número de descendentes que solicitam documento (Foto: Angelo Carconi/EFE/EPA)

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Em março, o governo da Itália anunciou mudanças na lei de cidadania, restringindo a concessão do direito até a segunda geração de descendentes de italianos - agora, apenas filhos e netos de italianos nascidos no país europeu poderão se candidatar.

A atualização da regra gerou fortes críticas entre os milhões de descendentes espalhados pelo mundo, que tinham a intenção de iniciar o processo, inclusive no Brasil. O país sediará uma manifestação no próximo sábado (26), em São Paulo, que culminará no envio de uma petição ao embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, rejeitando a medida do governo de Giorgia Meloni.

Um dos organizadores do protesto de sábado, o ex-magistrado Walter Fanganiello Maierovitch, fundador e presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone, disse ao portal Infobae que a mudança na lei é uma violação a um direito historicamente reconhecido.

Os manifestantes se reunirão às 10h, na Praça Cidade de Milão, no bairro Jardim Lusitânia, São Paulo.

“Ao limitar a cidadania à segunda geração nascida no exterior, o decreto infringe um direito historicamente reconhecido. A longo prazo, isso leva à perda gradual da italianidade, ou seja, de ser e sentir-se parte de uma comunidade através dos costumes, da língua e da cultura”, explicou um dos organizadores.

Maierovitch acrescentou que “a cegueira dos redatores do decreto está em não perceber que, nos países sul-americanos, gerações de descendentes de italianos se sentirão estrangeiros na terra de seus ancestrais ”.

A norma ainda está em tramitação no Parlamento italiano. O Ministério das Relações Exteriores da Itália informou que, entre 2014 e 2024, o número de cidadãos italianos residentes no Brasil passou de 14 mil para 20 mil.

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