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Guerra na Ucrânia completou um ano nesta sexta-feira (24)| Foto: EFE/EPA/George Ivanchenko

O diretor da CIA, William Burns, reiterou neste domingo (26) que os Estados Unidos da América (EUA) têm provas de que a China está considerando enviar armas à Rússia para a guerra na Ucrânia. No entanto, afirmou que Pequim ainda não tomou uma decisão final e ainda não transferiu armas.

Burns fez esses comentários em entrevista à emissora CBS, uma semana após o secretário de Estado americano, Antony Blinken, ter acusado a China considerar o envio de armas para a Rússia, na primeira acusação deste tipo. A mensagem de Blinken buscava dissuadir Pequim e mostrar que Washington estava ciente dos seus planos.

"O secretário Blinken e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pensam que é importante deixar bem claro que haverá consequências" se Pequim enviar assistência militar a Moscou, disse Burns.

De acordo com Burns, os EUA têm informações que os tornam "muito confiantes" de que o governo chinês está considerando enviar armas para a Rússia, mas ainda não tomou uma decisão final. Desde o início da guerra, a China tem evitado criticar a Rússia, considerada sua parceira estratégica, mas não prestou assistência militar até momento.

Nesta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que não acredita em uma "iniciativa importante" por parte de Pequim para fornecer armas à Rússia. De acordo com o governo norte-americano, a Rússia já adquiriu armas do Irã e da Coreia do Norte para a guerra na Ucrânia.

Na quarta-feira (22), o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, encontrou Vladimir Putin. Diante do russo, disse que são os EUA, não a China, "que estão constantemente enviando armas para o campo de batalha".