Vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, cumprimenta  apoiadores ao deixar sua residência em Buenos Aires.
Vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, cumprimenta apoiadores ao deixar sua residência em Buenos Aires.| Foto: EFE/ Enrique García Medina

O advogado da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pedirá à Justiça do país que classifique o ataque ocorrido contra ela na última quinta-feira (1) como "tentativa de feminicídio".

Em entrevista à emissora local de TV "C5N", Gregorio Dalbón afirmou: "Estamos à espera de que Cristina possa se tranquilizar em relação ao que aconteceu, para poder pedir a qualificação de tentativa de feminicídio perante a justiça".

Os advogados de Kircher consideram que há o agravante de que foi utilizada uma arma de fogo na tentativa. "Cristina estava indefesa, já que ficou a 50 centímetros da arma", detalhou Dalbón.

O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido após apontar a arma contra o rosto da ex-presidente e ter tentado disparar duas vezes, mas a bala não saiu da pistola.

O brasileiro - nascido em São Paulo, filho de uma argentina e um chileno -, rejeitou dar depoimento para a juíza federal María Eugenia Capuchetti e o promotor Carlos Rívolo, responsáveis pelo caso.

A casa do brasileiro, localizada na cidade de San Martín, na província de Buenos Aires, foi alvo de operação de busca e apreensão.

No local, foram apreendidos cerca de 100 projéteis de pistola calibre 9mm, além de um telefone celular e um notebook.