O Ministério do Interior da Finlândia anunciou nesta sexta-feira (10) que reforçará a fronteira com a Rússia através de cercas e muros. A divisa entre os dois países tem quase 1,4 km de extensão.
Semanas depois de oficializar a candidatura à entrada na OTAN, Helsinque revela, mais uma vez, preocupação com ameaças russas. Em resposta à candidatura, a Rússia advertiu que a Finlândia cometia "um erro grave, com consequências de longo alcance".
Além do risco de invasões militares, a Finlândia se prepara para "ameaças híbridas", com possível criação, por parte do país vizinho, de instabilidade e crise humanitária nas fronteiras, muitas vezes através de imigrantes. O método foi usado, por exemplo, por Belarus, como resposta a sanções feitas a Alexander Lukashenko por violação de direitos humanos. Isso levou a Polônia, a Lituânia e a Letônia a construírem muros nas fronteiras.
"O objetivo da lei é melhorar a capacidade operacional da guarda fronteiriça para responder a ameaças híbridas", disse a assessora do Ministério do Interior, Anne Ihanus, em entrevista à agência de notícias francesa AFP. Segundo ela, a guerra na Ucrânia contribuiu para a urgência desse projeto do Executivo que será encaminhado nos próximos dias ao Congresso.