Jordan Peterson faz uma palestra na Hungria, em 2019.
Jordan Peterson faz uma palestra na Hungria, em 2019.| Foto: EFE/Zoltan Balogh

O Twitter suspendeu a conta do psicólogo clínico, professor universitário e autor canadense Jordan Peterson. O bloqueio foi feito porque Peterson teria utilizado o pronome "inadequado" ao se referir ao ator transgênero Elliot Page (antes chamado de Ellen).

O acadêmico utilizou o pronome "dela" ao se referir ao ator canadense que se identifica como homem. O tuíte dizia: "Lembra quando o orgulho era um pecado? Ellen Page acabou de ter os seios dela removidos por um médico criminoso". A plataforma notificou Peterson de que seus comentários violavam as regras contra conduta odiosa e violência em relação à identidade de gênero.

Peterson é um grande crítico da "cultura do cancelamento", do politicamente correto e da política de identidade de gênero, em especial da lei canadense C-16, que criminaliza a discriminação contra transexuais, travestis e "pessoas não binárias". Em livros, entrevistas e vídeos, o psicólogo declara que considera essa legislação um "ultraje à liberdade de expressão" e um "pretexto para iniciativas de censura".

Em seu canal no Youtube, Peterson explica o banimento do Twitter, recusando-se a apagar o tuíte e criticando os "moralistas lacradores" da plataforma, apontando para uma atitude de censura. "Está claro que não promovi nenhuma violência", afirma o psicólogo.