Em 14 de maio de 2019, um homem leva uma vítima de ataque aéreo por forças do regime da Síria e seus aliados na região de Idlib, controlada por rebeldes
Em 14 de maio de 2019, um homem leva uma vítima de ataque aéreo por forças do regime da Síria e seus aliados na região de Idlib, controlada por rebeldes| Foto: Abdulaziz KETAZ / AFP

A Organização das Nações Unidas (ONU) ordenou uma investigação sobre uma onda de ataques aéreos da Rússia e da Síria contra hospitais e clínicas no noroeste da Síria, em meio a preocupações crescentes de que a Rússia esteja usando dados fornecidos pela ONU para deliberadamente atingir instalações médicas. O governo da Síria concordou com um cessar-fogo na região se algumas condições forem cumpridas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, autorizou o inquérito nesta quinta-feira (1º), após pressão dos membros do Conselho de Segurança da ONU e grupos de direitos humanos para que se investigue por que instalações de saúde e outras infraestruturas civis como escolas e serviços de resgate estão sendo atingidos com tanta frequência nos combates recentes.

Desde que o governo sírio lançou uma ofensiva em abril para recuperar o controle da província de Idlib, no noroeste, e parte da província de Hama, mais de 450 civis foram mortos, centenas de outros ficaram feridos e 440.000 foram forçados a fugir de suas casas, de acordo com o Conselho de Segurança da ONU. A maioria das fatalidades foi causada por ataques aéreos da Rússia e da Síria. Imagens de satélite sugerem que 17 vilas foram completamente destruídas.