Segundo Zelensky, países da Otan criaram narrativa de que o fechamento do céu sobre a Ucrânia provocará um confronto direto entre a Rússia e o bloco euro-atlântico.
Segundo Zelensky, países da Otan criaram narrativa de que o fechamento do céu sobre a Ucrânia provocará um confronto direto entre a Rússia e o bloco euro-atlântico.| Foto: EFE/EPA/OLEG PETRASYUK

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a Otan nesta sexta-feira (4) por se recusar a impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, uma medida que Kiev vem solicitando há dias para impedir o avanço da Rússia no país.

"Sabendo que novos ataques e baixas são inevitáveis, a Otan tomou a decisão de não fechar o céu sobre a Ucrânia", lamentou Zelensky em mensagem de vídeo postada nas redes sociais. Segundo o presidente ucraniano, a inteligência dos países da Aliança "conhece muito bem os planos do inimigo".

"Acreditamos que os países da Otan criaram a narrativa de que o fechamento do céu sobre a Ucrânia provocará um confronto direto" entre a Rússia e o bloco euro-atlântico, acrescentou. No final de seu discurso, Zelensky, no entanto, admitiu que também existem países amigos na Otan, que ajudam a Ucrânia "apesar de tudo".

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, reiterou hoje sua rejeição a que a Otan ajude a impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, uma vez que, segundo destacou, os aliados têm a responsabilidade de garantir que a guerra iniciada pela Rússia "não se espalhe" para fora desse país. Blinken seguiu assim a mesma linha do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que hoje também descartou a contribuição da Aliança para a zona de exclusão aérea solicitada por Kiev.