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Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa,| Foto: TONY KARUMBA/AFP

O Zimbábue concordou em pagar US$ 3,5 bilhões em compensação a fazendeiros brancos que tiveram suas propriedades tomadas pelo regime de Robert Mugabe para reassentar famílias negras, uma das políticas mais controversas adotadas pelo ex-ditador. Porém, a compensação será feita para pagar pelas infraestruturas existentes nas terras e não pelo terreno em si.

Segundo a agência de notícias Reuters, apesar do acordo, o país não tem dinheiro para pagar as compensações e, por isso, emitirá títulos de longo prazo para angariar fundos, além de buscar ajuda internacional. O governo do presidente Emmerson Mnangagwa não revelou quanto será pago a cada fazendeiro, apenas informou que os mais velhos terão prioridade em receber o dinheiro.

No final dos anos 90, o ditador Robert Mugabe implantou uma reforma agrária que expulsou os brancos de suas terras e substituiu por produtores rurais negros. O impacto para a economia foi grande, uma vez que muitos desses novos agricultores não tinham experiência ou receberam capacitação. A produção de alimentos despencou 45%. O ritmo de funcionamento das fábricas despencou violentamente e o desemprego chegou aos 80%.