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Reino Unido

Engenheiro britânico é demitido após condenar massacre do Hamas em Israel

Fotos de israelenses assassinados pelo Hamas no festival de música Super Nova (Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI)

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Um engenheiro britânico, que atuava no setor de tratamento de água do Reino Unido, foi demitido após expressar sua condenação ao massacre do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Damon Joshua relatou o caso para o jornal The Telegraph.

Ele afirmou que fez uma publicação no sistema interno da empresa pública - Intranet, classificando o Hamas como “um grupo de terroristas violentos e repugnantes”, na data que marcou um ano do ataque surpresa que resultou no assassinato de mais de mil israelenses.

Ele escreveu: “Há um ano, nosso valioso parceiro e amigo, Israel, foi horrivelmente atacado por um grupo de terroristas violentos e repugnantes". O texto foi acompanhado de uma imagem da bandeira de Israel.

A publicação, então, foi excluída pela gerência da empresa devido a uma pressão de colegas de trabalho, acusando-o de ter usado “palavras muito depreciativas” e “tendenciosas" sobre o assunto.

Um dos documentos acessados pelo Telegraph mostra que um dos reclamantes disse que “a publicação reflete mal a reputação da Severn Trent como uma empresa diversificada e inclusiva”.

Segundo Joshua, ele foi inicialmente suspenso e, depois, demitido por "má conduta grave" em uma audiência disciplinar. “Eles [gerentes] não deram uma opinião sobre o que eu escrevi. Eles apenas disseram que foi visto como ofensivo”.

“Eles usaram a palavra 'depreciativo' para as palavras que eu havia usado para descrever uma organização terrorista, o que me chocou. Parece bastante chocante para mim. Como poderia ser unilateral ou depreciativo se opor a um terrorista? Certamente isso é parcial”, afirmou ao The Telegraph.

O funcionário argumentou durante o processo disciplinar que sua postagem não fazia referência a nenhum grupo religioso, além dos judeus, e apenas se referiu ao “terror islâmico”, não ao islamismo.

Um porta-voz da Severn Trent Water manifestou a posição da empresa sobre o caso, dizendo que “este é um caso complexo de relações trabalhistas e é importante deixar claro que esta não é a história completa nem um incidente isolado".

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