
Entre as dez vítimas do atentado terrorista a um hotel da Tunísia na sexta-feira identificadas até agora, oito são de cidadãos britânicos, informou o Ministério da Saúde do país neste sábado. Os outros dois corpos eram de um belga e de um alemão. Um dia depois do ataque que deixou 39 mortos, o primeiro-ministro David Cameron declarou que o Reino Unido deve se preparar porque há muitos britânicos entre as vítimas.
De acordo com o governo tunisiano, as nacionalidades das vítimas estão sendo estabelecidas lentamente, porque a maioria estava de roupas de banho, na praia ou na piscina no momento das mortes. Portanto, não carregavam seus documentos de identidade.
No ataque da sexta-feira, um homem armado disfarçado de turista abriu fogo contra hóspedes de um hotel na praia de Sousse, na Tunísia. Ele chegou ao local com uma arma escondida num guarda-chuva e matou 39 pessoas, entre elas turistas britânicos, alemães e belgas que aproveitavam a praia. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
Depois do início dos tiros e de uma explosão no hotel Imperial Marhaba, os hóspedes correram em busca de refúgio, antes de a polícia matar o homem a tiros, disseram testemunhas e autoridades de segurança. O ataque fez a Tunísia revelar um plano para fechar 80 mesquitas por incitação à violência. De acordo com o premier Habib Essid, o país sondou locais de culto que teriam envolvimento com extremistas e decidiu tomar a medida.
Turistas deixam o país
Centenas de turistas estrangeiros se aglomeravam na madrugada deste sábado no aeroporto de Enfidha para abandonar a Tunísia. Diversos voos tinham como destino Londres, Manchester, Amsterdã, Bruxelas e São Petersburgo, muitos contratados pela operadora Thomson. “Temos medo, aqui não é seguro”, disse Leon, um jovem do País de Gales, no aeroporto.



